Fabricação de bebidas alcoólicas cresce 5,9% antes da crise do coronavírus

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Hoje afetada diretamente pelo surto de coronavírus no Brasil, a produção de bebidas alcoólicas registrou aumento de 5,9% em fevereiro, mês que antecedeu a expansão da doença pelo país. Esta elevação da fabricação foi confirmada pelos dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O crescimento expressivo se deu em um contexto de aceleração modesta da produção industrial brasileira, que avançou 0,5% na comparação com o mês imediatamente anterior com ajuste sazonal. No entanto, em relação a fevereiro de 2019, a indústria recuou 0,4%. A produção também acumula queda de 0,6% no ano e de 1,2% no acumulado dos últimos 12 meses.

“É o segundo avanço após uma queda importante nos dois últimos meses de 2019. Mas o saldo desse período ainda é negativo, pois os resultados de novembro e dezembro acumulam -2,5%”, observa o gerente da pesquisa, André Macedo.

Já a produção de bebidas alcoólicas passou a registrar crescimento em 2020, de 3,6%, impulsionada pelos dados de fevereiro. Igualmente, o aumento no período de 12 meses é de 4,7%.

O cenário de expansão em fevereiro se repete na indústria de bebidas em geral. Houve elevação de 4,5% no segundo mês do ano, com os dados também sendo positivos em 2,8% no somatório de 2020 e em 4% nos últimos 12 meses.

A fabricação de bebidas foi, aliás, um dos pontos positivos na produção industrial nacional no mês, que foi liderada por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (11%).

“Outros impactos positivos importantes foram assinalados pelos ramos de outros produtos químicos (3,4%), de bebidas (4,5%), de celulose, papel e produtos de papel (4,1%), de produtos do fumo (35,7%), de produtos de borracha e de material plástico (2,8%) e de metalurgia (1,2%)”, assinalou o IBGE.

O panorama de crescimento em fevereiro se repete com a produção de bebidas não-alcoólicas: a elevação foi de 2,9% na comparação com o mesmo período de 2019, sendo de 1,9% em relação aos dois primeiros meses do ano passado e de 3,2% no acumulado dos últimos 12 meses.


Fonte: Guia da Cerveja  


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