A The Coca-Cola Company já sente o impacto do Coronavírus com o encerramento de restaurantes e bares em todo o mundo. O gigante global do setor das bebidas, que divulgou recentemente os resultados do primeiro trimestre, reconhece que “desde o início de abril, houve uma queda global nas receitas de aproximadamente 25%, com a maior parte dessa queda a vir do decréscimo do consumo nos canais fora de casa”.
Precisamente o encerramento do canal Horeca (hotéis, restaurantes e cafés) aumenta o medo de uma queda significativa nas receitas da Coca-Cola no segundo trimestre como um todo. Esse canal representa “aproximadamente metade da receita da empresa, portanto esperamos que o efeito líquido das mudanças nos padrões de consumo tenha um impacto significativo nos resultados do segundo trimestre”.
Durante o mês de março, o último do primeiro trimestre, a Coca-Cola já começou a sentir os primeiros impactos, também no consumo doméstico. “A empresa testemunhou uma compra antecipada em determinados mercados, seguida por níveis normalizados de procura, juntamente com um forte aumento no comércio eletrónico”.
Com todos estes ingredientes, as vendas da Coca-Cola, no primeiro trimestre de 2020, caíram 1%, para 8.601 milhões de dólares, cerca de 8.000 milhões de euros à taxa de câmbio atual. As maiores quedas ocorreram no mercado da Ásia-Pacífico (-5%) e na Europa, Oriente Médio e África (-3%). Na América do Norte, registou-se um crescimento de 6% nas vendas, fruto das vendas pré-aparecimento do COVID-19, e 8% na América Latina.
“O volume de vendas na unidade da Europa, Oriente Médio e África foi muito forte em fevereiro, mas foi absorvido pelos impactos do Coronavírus em março”, explica a empresa em comunicado.
A empresa acredita que a pressão sobre os negócios é “temporária e continua otimista em ver uma melhoria substancial no segundo semestre de 2020”.
“A Coca-Cola e os seus parceiros de engarrafamento continuam a adaptar-se rapidamente ao ambiente atual, focados em mitigar o impacto a curto prazo, enquanto nos posicionamos para sair com sucesso da crise”, salienta a companhia norte-americana.
Fonte: Distribuição Hoje