Os preços futuros do suco de laranja dispararam ontem, na bolsa de Nova York, atingindo sua maior cotação dos últimos 11 meses, impulsionados por estimativas de menor produção de laranja na Flórida, segundo maior produtor mundial da fruta, atrás de São Paulo, e também por ameaça de tempestades na Flórida.
A Flórida deverá ter uma safra "muito menor" em 2010, devido ao comprometimento causado pela seca e pelas pragas, disse John Gose, vice-presidente da Associação dos Produtores de Cítricos do Condado de Highland.
A safra de laranja para a safra que se inicia em outubro deverá variar de 140 milhões a 145 milhões de caixas, disse Gose. A produção de laranja do Estado caiu para 162,1 milhões de caixas na atual safra em relação aos 170,2 milhões do ano passado, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
O clima frio e a seca observados nos últimos dois anos durante a floração das laranjeiras danificaram as plantações, disse Gose. Alguns dos pés de laranja foram arrancados para erradicar o cancro cítrico e o "greening".
"A variedade precoce e a variedade média vão dar muito menos, e a variedade Valência vai cair um pouco em relação ao ano passado", afirmou o analista. Apenas o Condado de Polk produz mais laranjas na Flórida do que o Condado de Highlands.
Analistas de mercado também estão de olho na possível formação de uma tempestade tropical, que poderá se desenvolver nos próximos dois dias, e que poderá atingir os pomares da Flórida.
Veículo: Valor Econômico