O Brasil deve contar com pelo menos dez novos mercados para exportar seus produtos agrícolas este ano, afirmou o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. De acordo com ele, a prioridade da pauta são as carnes bovina, suína e de aves. Stephanes explicou que o número de países pode ser maior, mas que dez deles já estão em fase final de negociação.
"O Japão é um dos países que apresentam hoje melhores condições (para abertura de mercado)", citou. O mercado potencial desses novos mercados, de acordo com o ministro, é de US$ 10 bilhões. "Se conseguirmos 10%, 20% disso... O importante é entrar nesse mercado e estamos adiantados em termos de negociação", afirmou.
Stephanes admitiu que o aumento não é significativo, uma vez que o Brasil já mantém relações comerciais com cerca de 180 países. "Mas temos que continuar a aumentar". Além da abertura de novas praças de negociação, também estão na lista dos mercados considerados como prioritários pelo Ministério da Agricultura Taiwan, Malásia, Indonésia, China, União Europeia, Croácia, México, Arábia Saudita, Hong Kong, Rússia, México, Estados Unidos e Canadá.
Para buscar novos mercados e derrubar barreiras comerciais, o ministério prepara para este ano mais de 30 missões sanitárias, fitossanitárias e comerciais para 40 países, entre os quais Japão, Coreia do Sul, Filipinas, África do Sul, Colômbia, China, Bruxelas, Argentina, Uruguai e Austrália.
Segundo Stephanes, passados os impactos mais graves da turbulência financeira internacional, as exportações do agronegócio brasileiro devem reagir e subir 6% este ano na comparação com o ano passado. "O desempenho das exportações no ano passado foi considerado bom tendo em vista a crise", ponderou.
Dados do ministério apontam que as vendas domésticas recuaram 9,8% em receita em 2009 ante o ano anterior, passando, no período, de US$ 71,8 bilhões para US$ 64,8 bilhões. Em termos quantitativos, houve um decréscimo de 0,4% em volume de vendas.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ