Último trimeste do ano tradicionalmente é um período de forte demanda por carne.
Segundo dados da Avimig, as vendas de carne de frango chegam a registrar aumento de demanda da ordem de 35% nesta temporada
O final do ano é um período em que a demanda por carne de aves registra um forte aumento. Esse incremento pode chegar a 20% em função da procura por aves especiais como peru e chester. O frango do dia-a-dia, por sua vez, chega a registrar aumento de demanda da ordem de 35% nesta temporada, afirmou a superintendente da Associação dos Avicultores de Minas Gerais (Avimig), Marília Martha Ferreira.
De acordo com a superintendente, apenas a comercialização de peru é responsável pela alta de 10% na demanda por aves, ainda que sem dados para comprovar a estimativa. "O frango ainda é um produto muito utilizado na fabricação de salgados, que reforça ainda mais o consumo. Cerca de 80% dos alimentos destinados a esse período são produzidos à base dessa carne", explicou.
Normalmente, com o aumento de consumo de aves em função das festas de final de ano, os preços também tendem a sofrer alguma alteração. O quilo da ave viva posto em granja está entre R$ 1,80 e R$ 1,85, registrando uma pequena queda ante a semana anterior, quando foi comercializado em torno de R$ 1,90 por quilo. "Outubro promete ser um mês de estabilidade no qual os preços deverão se manter entre R$ 1,75 e R$ 1,85 por quilo", adiantou.
Entretanto, após a primeira quinzena de dezembro, começam a ocorrer altas mais acentuadas nos preços da carne de frango. "A tendência de recomposição de preços é forte, podendo variar entre 6% e 7% no valor final do produto. Normalmente, em outubro ocorre um alojamento maior de aves para atender a demanda. O Brasil aloja 450 milhões de aves para o período festivo, enquanto Minas responde por cerca de 30 milhões desse montante", afirmou.
As exportações brasileiras estão girando em torno de 300 mil toneladas por mês enquanto que o Estado mantém o volume entre quatro e cinco mil toneladas embarcadas mensalmente. "Esperamos aumentar a produção visando às exportações, produzir melhor e atender tanto os mercados interno quanto externo com melhor qualidade", destacou.
O segmento, que registrou perdas de pelo menos 45 mil aves em função das chuvas de granizo que atingiram o Estado no mês anterior, tem que estar preparado para enfrentar situações climáticas adversas. "O granjeiro precisa reforçar as instalações, evitar áreas de risco e criatórios em beiras de rio. Seria necessário fundos de indenização ou até mesmo financiamentos com pagamento a longo prazo para apoiar os produtores quando ocorrerem intempéries meteorológicas", reforçou.
Veículo: Diário do Comércio - MG