Preocupado com as barreiras impostas à carne brasileira pela União Europeia (UE) alegando razões fitossanitárias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou os ministros da Agricultura, Wagner Rossi, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Miguel Jorge, para discutir o assunto e encontrar formas de reverter a situação. Segundo Rossi, Lula quer que "o Brasil mantenha o protagonismo na exportação de carne, buscando novos mercados e sendo mais criativo".
Além dos problemas na Europa e com as restrições que a Rússia impôs à importação da carne brasileira, o Brasil está enfrentando barreiras também nos Estados Unidos. Em maio, os norte-americanos rejeitaram um embarque de carne bovina do Brasil, alegando que haviam detectado níveis elevados de um medicamento antiparasitário no produto.
"Temos o melhor e mais verde de todos os bois. A qualidade de vida dos nossos animais é excelente", diz o ministro Rossi, alegando que estamos enfrentando problemas com os nossos concorrentes que, "naturalmente, não falam bem dos rivais."
Em seguida, o ministro citou como exemplo os irlandeses, que têm feito oposição ao ingresso na Europa da carne brasileira. Ele se referia ao fato de que os produtores de carne europeus, notadamente os da Irlanda, estão pressionando para que o mercado seja fechado ao produto brasileiro, que, de acordo com o governo brasileiro, além da qualidade, apresenta excelentes preços em comparação com os produtores de lá. Como os europeus não podem impor tarifas de importação, por violar pacto da Organização Mundial do Comércio (OMC), buscam fechar portas através de barreiras fitossanitárias.
Veículo: DCI