O frigorífico Frango Forte divulgou nota ontem informando que está sem recursos e depende de crédito para continuar a operação. Os bancos fecharam as portas para a empresa antes da crise, devido a problemas de produção, após ter sido acusada de fraude no peso de frangos.
A falta de recursos impediu a companhia de comprar ração. De acordo com o contrato da Frango Forte com as granjas, a companhia é responsável pelo fornecimento dos pintos e das rações. Nos últimos dias, grande quantidade de frangos morreu por falta de alimentação, o que obrigou algumas granjas a doar as aves para famílias das cidades próximas.
Em nota, a Frango Forte afirma que os laudos do Ministério da Agricultura, que paralisou a para fiscalização, mostram que não houve irregularidade. Isso, porém, segundo a empresa levou os bancos a fecharem a portas para novos empréstimos.
"A empresa vinha fazendo investimentos em infra-estrutura, na melhoria de seus produtos e na área social. Chegou a adquirir frigorífico na cidade de Américo Brasiliense com início de funcionamento previsto e anunciado para o mês junho deste ano", diz na nota.
Segundo o comunicado, rede de TV "promoveu campanha caluniosa a respeito dos produtos comercializados pela empresa. Em razão da matéria, o Ministério da Agricultura fechou preventivamente a empresa para análise completa de seu funcionamento e de seus produtos, por cerca de 10 dias".
Apuração. A empresa não pôde faturar ou comercializar enquanto o Ministério da Agricultura não finalizasse a apuração da denúncia", explica a nota.
Apesar dos problemas de crédito, a diretoria da companhia decidiu manter as operações. Segundo a Frango Forte, a decisão foi tomada em benefício de milhares de pessoas, em mais de 20 municípios do Sudoeste do País que dependem do movimento gerado pela empresa.
"A Frango Forte, atingida pelas denúncias, continuou com esforço sobrehumano para tentar manter a empresa em pleno funcionamento. Desde que iniciou esta crise, vem trabalhando e se empenhando de todas as formas para solucionar a questão, porém outros problemas surgiram no abastecimento de milho e soja em virtude do aumento do preço das commodities logo após os fatos descritos", diz na nota.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ