Neste período do mês, em que o dinheiro no bolso das famílias está mais curto, pesquisar antes de encher o carrinho no supermercado garante bom negócio. Um exemplo é a carne bovina de primeira, cujo preço chega a variar 48,94% por estes dias entre os estabelecimentos da região pesquisados pela Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André.
O engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá De Benedetto, explica que, como a procura por esse corte diminui no fim do mês, seu preço recua em muitos locais, portanto, é possível comprar a carne por valores mais acessíveis. A pesquisa semanal da cesta básica apontou que, nesta semana, houve redução de 3,69% no custo médio do quilo do corte de primeira, em torno de R$ 15,14.
A bovina de segunda, por outro lado, apresentou alta de 7,50%. Como é mais comprada nesta época de grana curta, por ser mais barata, a maior demanda acaba provocando efeito inverso, com preços subindo, explica Benedetto. Seu quilo está sendo vendido, em média, por R$ 10,61.
PESQUISA - A carne de primeira pode ser comprada a partir de R$ 12,75 no bairro Itapark, em Mauá, valor semelhante aos R$ 11,79 cobrados na carne de segunda mais cara nas prateleiras do bairro Ipiranguinha, em Santo André. "Pesquisando, o consumidor compra bem uma carne de primeira a preço de segunda", diz Benedetto.
A maior vantagem, no entanto, é que se o consumidor for ao supermercado por esses dias, pode comprar carne de primeira mais em conta, estocá-la em congeladores e, assim, evitar o encarecimento que ela sofre no início do mês, quando é feita a maior parte dos pagamentos de salários. "Teoricamente é o que acontece, são cartas marcadas."
CESTA - Para comprar a cesta básica, o consumidor deve gastar os mesmos valores desembolsados há uma semana. Isso porque a variação nos custos foi de 0,54%. Percentual que eleva em R$ 1,97 a composição, para R$ 364,55.
Após o quilo do feijão encarecer 7,92% na semana passada, passando a R$ 2,59, os supermercados cortaram os preços nesta semana, em 3,47% (para R$ 2,50) o que, na prática, é suficiente para recuperar o preço de três semanas atrás (R$ 2,40).
Apesar do recuo, Benedetto fala que, na média deste mês, o produto tende a ficar mais caro. O grão está custando 8,7% a mais do que em setembro. Já o arroz, que havia liderado a alta de custo na semana passada (6,68%), ficou 5,97% mais em conta, para R$ 6,46, o que mantém seu preço estável no mês.
Veículo: Diário do Grande ABC - SP