O embargo imposto pela Rússia a estabelecimentos exportadores de carnes do Brasil continua derrubando as vendas externas de carne suína do País. Em outubro, os embarques brasileiros totalizaram 46,2 mil toneladas, um volume 7,07% inferior às 49,7 mil toneladas registradas no mesmo período do ano passado, informou ontem a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).
Apesar da queda, as receitas totais com as exportações cresceram 8,64% em outubro, passando dos US$ 124,482 milhões registrados no mesmo mês de 2010 para US$ 135,236 milhões. O preço médio também subiu em outubro, confirmando tendência, a US$ 2,927 mil por tonelada, valorização de 16,9% sobre outubro do ano passado.
Nos primeiros dez meses de 2011, as exportações brasileiras de carne suína chegaram a 436,44 mil toneladas, queda de 5,51% sobre o mesmo intervalo do ano que passou. No período, as receitas alcançaram US$ 1,133 bilhão, alta de 5,88%, de acordo com os dados da Abipecs.
Em nota, o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, afirmou que, até o fim do ano, Hong Kong deverá se tornar o principal destino para a carne suína do Brasil, ultrapassando a Rússia, país cujo embargo às carnes brasileiras já dura cinco meses. "Está quase superando a Rússia", afirma Camargo Neto.
Entre janeiro e outubro, diz a Abipecs, o volume embarcado para a Rússia foi de 120,73 mil toneladas, queda de 41,56% - em outubro, o recuo foi de 82,40%.
Já o total exportado para Hong Kong cresceu 32,42%, atingindo 107,50 mil toneladas. No ano, destaca a Abipecs, também cresceram as vendas de carne suína para Ucrânia (43,63%), terceiro maior mercado importador do produto brasileiro, Angola (9,82%), Uruguai (27,48%), Albânia (72,37%), Venezuela (242,80%) e Haiti (43,99%).
Veículo: Valor Econômico