Frango, entre as carnes, é o líder de vendas externas

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O Brasil obteve o recorde de US$ 15 bilhões com exportações de carnes em 2011, apesar de barreiras impostas ao produto brasileiro e da crise nos países desenvolvidos, o que gerou perda de renda dos consumidores.
 
As adversidades não pouparam o País de queda nos volumes embarcados de carne bovina e suína, mas a demanda aquecida nos países emergentes manteve os preços em ascensão e garantiu a evolução das receitas externas em todas as proteínas.
 
O maior faturamento externo veio, mais uma vez, do frango, do qual o Brasil é líder nas exportações. O volume exportado subiu para 3,9 milhões de toneladas, 3% mais do que em 2010, enquanto as receitas aumentaram para US$ 8,25 bilhões, uma evolução de 21%. A carne bovina rendeu US$ 5,3 bilhões no ano passado, apesar da queda de 10% no volume exportado. O setor de suinocultura avançou nas receitas, que somaram US$ 1,43 bilhão em 2011, mas o volume colocado no mercado externo recuou 4%, segundo o Ministério do Desenvolvimento.
 
O Brasil vem se firmando como um dos principais exportadores de carnes, e o cenário para este ano continua com boas perspectivas. A estratégia de colocar cada vez mais produtos de maior valor agregado no mercado também ganha força, o que traz mais receitas.
 
Por esses motivos, Antonio Jorge Camardelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), acredita que só com as exportações de carne bovina o Brasil consiga US$ 6 bilhões neste ano.
 
Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), também prevê um desempenho melhor em 2012. Ele diz que a reabertura da Rússia, que chegou a responder por metade das exportações e hoje está em 25%, e a ampliação do número de frigoríficos habilitados a vender à China garantirão uma alta.
 
Apesar de ter mais motivos para comemorar em 2011, os exportadores de frango são os mais pessimistas. Francisco Turra, presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), estima um aumento de 2% para produção e exportação neste ano.
 
Para ele, o país perde competitividade devido a problemas de infraestrutura e distorções tributárias.


Veículo: Diário do Comércio - SP


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