A BRF faz amanhã o primeiro embarque de carne suína para a China. O produto - sobrepaleta suína congelada sem osso - foi processado na unidade da empresa em Rio Verde (GO), uma das três plantas brasileiras de carnes habilitadas a exportar para aquele país. Em novembro, a Seara Alimentos, do grupo Marfrig, fez seu primeiro embarque de carne suína para a China. Já a Coopercentral Aurora (Aurora Alimentos) enviou no início deste mês cerca de 120 toneladas de diversos cortes de suínos para o país.
Os volumes da BRF serão comercializados pela joint venture criada recentemente pela brasileira e a empresa chinesa Dah Chong Hong Limited - DCH para distribuir produtos no mercado chinês, processar carnes em unidades locais, desenvolver a marca Sadia e atuar nos canais de varejo e food service na China Continental, Hong Kong e Macau.
Por enquanto, a BRF está autorizada a exportar apenas carne suína desossada para a China, mas a empresa já trabalha para habilitar plantas de em Santa Catarina, de onde é permitido também o embarque de carne suína com osso, uma vez que o estado é considerado livre de febre aftosa sem vacinação.
A China é o maior produtor de carne suína do mundo, porém não tem oferta suficiente para suprir a demanda interna. O acesso àquele mercado é um marco para a BRF e para o Brasil, pois abre perspectivas para o agronegócio nacional.
Parceria
A BRF e a empresa chinesa Dah Chong Hong Limited (DCH) assinaram na semana passada, documentos oficializando a criação de joint venture, que permitirá à companhia brasileira distribuir produtos no mercado chinês, processar carnes em unidades locais.
O início das conversações entre as duas empresas foi anunciado ao mercado em maio do ano passado. A expectativa é que o negócio represente, no primeiro ano, volumes acima de 140 mil toneladas e receitas de aproximadamente US$ 450 milhões, com investimentos em capital de giro.
A joint venture contempla a participação de 50% para a BRF e 50% para a DCH, com abrangência em produtos in natura e processados; foco na geração de capacidade e a operação do mercado local, incluindo vendas, importação, suprimentos de produtos, customer clearance e trade marketing. A administração será compartilhada entre membros das companhias, que integrarão o Conselho de Administração e o Comitê Executivo. Na primeira fase do projeto, caberá à BRF a produção, suporte técnico e marketing. O DCHH é controlado atualmente, em aproximadamente 55,9%, pelo Grupo CITIC Pacific Limited, companhia aberta, listada na Bolsa de Hong Kong.
Veículo: DCI