Cotação de suínos bate recorde

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Com os elevados custos de produção, muitos suinocultores venderam animais mais leves ou matrizes

Baixa oferta de animais aliada ao período de alta demanda favorecem negócios no setor .

A baixa oferta de suínos no mercado, devido à maior venda de animais leves para o abate ao longo de 2012, aliada ao período de alta demanda pelas festas de encerramento do ano, fizeram com que os preços pagos pelo suíno vivo registrassem recordes em novembro. De acordo com o Boletim do Suíno, elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em Minas Gerais, os preços atingiram a cotação máxima de R$ 3,91, alta de 10,5% no acumulado do mês.

Segundo os dados da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), a alta foi mantida no mês atual, em 20 de dezembro, o quilo do animal vivo era comercializado a R$ 4, no Estado. Os dados do Cepea mostram que a elevação dos preços está diretamente ligada à dos custos de produção e os preços baixos pagos pelo suíno nos primeiros meses do segundo semestre.

Com os elevados custos de produção, muitos suinocultores venderam animais mais leves ou matrizes quando as cotações estavam em baixa, fazendo com que houvesse redução da oferta em dezembro, período de maior demanda pelo produto. Além disso, o elevado ritmo de exportação nos últimos meses ajudou a enxugar o mercado, favorecendo a valorização da carne e do animal no mercado interno, mesmo que no mês de novembro os embarques tenham enfraquecido.

A valorização nos preços pagos aos suinocultores foi observada em todas as regiões do Estado. A elevação mais expressiva aconteceu em Patos de Minas, no Alto Paranaíba, onde a cotação em novembro ficou 3,11% superior, com preço médio de R$ 3,66 por quilo, máximo de R$ 3,93 e mínimo de R$ 3,51. Em Belo Horizonte, a cotação aumentou 9,6% em novembro frente a outubro.

Preços - Devido à alta, os preços praticados no período ficaram em R$ 3,55 (valor mínimo), o médio em R$ 3,70 e o máximo a R$ 3,90.

Já na região de Ponte Nova, na Zona da Mata, o valor médio praticado foi de R$ 3,70 por quilo, o que representou incremento de 9,4% na comparação com outubro. O valor máximo alcançou R$ 3,88 e o mínimo, R$ 3,55.

Na região Sul do Estado o valor do suíno aumentou 11,1%, com preço médio de R$ 3,70 mínimo de R$ 3,52 e máximo chegando a R$ 3,91.

Em novembro, os embarques de carne suína, ao contrário do observado no país, apresentaram nova alta em Minas Gerais. Os dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), mostram que no mês anterior a carne suína se destacou no setor de carnes. Ao todo as exportações de carnes suínas ficaram 68,60% maiores em volume. No acumulado do ano, janeiro a novembro, o setor registra alta de 95,84% no faturamento, que foi de US$ 108,8 milhões.

Em relação ao volume brasileiro exportado, após o forte ritmo de exportação de carne suína nos últimos meses, os embarques recuaram 18,1% de outubro para novembro, totalizando 44,4 mil toneladas de carne in natura. A quantidade, no entanto, é 24,4% superior à de novembro de 2011.

No acumulado de 2012, já foram exportadas 466,7 mil toneladas da carne suína brasileira, aumento de 15% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo os pesquisadores do Cepea, se as apostas no início do ano eram de um mercado interno forte e de queda nas exportações, o que aconteceu, de fato, foi justamente o contrário.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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