Em 2012, o Brasil teve como receita das exportações de carne bovina in natura US$ 4,5 bilhões, crescendo 7,8% e alcançando o segundo recorde anual após 2011, quando teve receita de US$ 4,2 bi.
As exportações em volume foram de 945 mil toneladas e aumentaram 15,3% se comparadas com as de 2011, porém desde 2009 a variação foi positiva somente em 2,1%, quando o Brasil exportou 926 mil. Observa-se variação bastante estável desde 2009 nas exportações em volume, com tendência de queda desde 2007, ano com o maior volume exportado, de acordo com Marcelo Whately, analista do site Beef Point, que se baseou nos números divulgados pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Comparando-se 2012 com 2007, a diferença é de -26,5%, pois naquele ano o volume comercializado internacionalmente foi de 1,3 milhão de toneladas.
Devido ao crescimento da receita e à queda do volume exportado, o preço médio da tonelada vendida segue em alta. Em 2011 o país recebeu o maior preço histórico, de US$ 5,1 mil por tonelada e em 2012 este valor foi de US$ 4,8 mil por tonelada, queda de 6,5%. Desta forma, o Brasil parece que está aproveitando bem as oportunidades de mercado, apesar do preço crescente. Mesmo com seu volume exportado em queda, o preço médio de venda está aumentando, melhorando, assim, sua receita total ano a ano.
Analisando a taxa de câmbio e sua influência nas exportações, nota-se um dólar estável em 2012 a partir de junho. No início do ano -de janeiro a junho- houve valorização do dólar de 14,5%, saindo de R$ 1,79 para R$ 2,05. Depois deste mês, a taxa de câmbio permaneceu acima de R$ 2,00 no restante do ano. De junho a dezembro, a variação foi de 1,8%, passando de R$ 2,05 para R$ 2,09.
Desta forma, quanto mais valorizado está o dólar em comparação ao real, mais a competitividade da exportação brasileira aumenta. Em 2012, o boi gordo em dólares teve desvalorização de 16,45%, caindo de US$ 55,22 por arroba em janeiro para US$ 46,13 em dezembro. Portanto, a taxa de câmbio tem grande participação no crescimento da receita brasileira apresentado anteriormente.
Ainda, avaliando a taxa de câmbio desde 2009 comparada também com o boi gordo em dólares em Média Móvel de 12 meses, percebe-se uma projeção para janeiro de 2013 de valorização do dólar e consequente desvalorização do boi gordo brasileiro no mercado internacional.
Consequentemente, de acordo com esta análise o Brasil terá boas oportunidades para suas exportações em 2013.
2013 melhor
Fernando Sampaio, diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), estima que as exportações de carne bovina podem crescer 10% e superar o recorde de US$ 5,7 bilhões de 2012. Segundo Sampaio, as vendas devem ser impulsionadas pela maior oferta de animais para abate no Brasil.
Veículo: DCI