O mercado brasileiro de carne suína não apresentou grandes novidades na semana passada, embora os preços tenham registrado estabilidade ou mesmo uma leve alta em relação ao início do mês, segundo levantamento realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do país.
De acordo com a analista Andreia Mariani, o mercado tem conseguido sustentar os preços mesmo em um período em que a demanda pela carne suína é menos aquecida e isso se deve ao ajuste da oferta ao potencial de consumo. "Este cenário tem sido essencial ao setor, visto que os custos de produção permanecem bastante efetivos, ainda que tenham recuado um pouco por conta do avanço da colheita", explica.
Mariani acredita que apenas em março, com a entrada da safra nova de milho de forma mais efetiva, é que este quadro de custo de produção elevado possa ser alterado. "Até lá, seguiremos com preços altos para o milho e o farelo de soja, principais insumos utilizados na alimentação dos suínos", afirma.
A analista indica que para a última semana de janeiro a expectativa é de estabilidade nos preços. "Com a proximidade da virada do mês é possível pensar em uma valorização nas cotações, diante do recebimento de salários pela população, o que reflete em um repique de demanda", projeta.
Nas exportações, o resultado até a terceira semana do mês indica um volume embarcado de 22,3 mil toneladas de carne suína in natura, com um preço médio diário de US$ 2.829 por tonelada, o que pode ser considerado um bom desempenho, de acordo com Mariani.
Cotação - A análise de preços de Safras & Mercado indicou que a arroba suína foi cotada em São Paulo a R$ 70,00, alta de R$ 1,00 ante a semana anterior. No Rio Grande do Sul, o preço seguiu em R$ 2,70 na integração e subiu cinco centavos no interior, chegando a R$ 3,05 o quilo. Em Santa Catarina o quilo vivo permaneceu em R$ 2,80 na integração e subiu dez centavos no interior, chegando ao patamar de R$ 3,15.
No Paraná, o quilo vivo foi vendido a R$ 3,40 no mercado independente, alta de 35 centavos ante a semana anterior, enquanto na integração o quilo subiu 20 centavos e chegou a R$ 2,80.
Em Mato Grosso do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 2,50 na integração. Em Goiás o quilo vivo continuou em R$ 3,90. No interior de Minas Gerais ele continuou em R$ 3,80. Em Mato Grosso o quilo vivo seguiu a R$ 2,80, na integração. O preço médio do quilo vivo no Centro-Sul teve alta de 2,16% nesta semana, passando de R$ 3,13 para R$ 3,20.
Veículo: Diário do Comércio - MG