Em Minas Gerais, o quilo vivo manteve o valor de R$ 3,05, após ligeira queda durante o mês de janeiro
Setor registrou preços muito firmes em janeiro, período de demanda normalmente fraca.
O balanço do mercado de frango brasileiro ao longo de janeiro mostra um desempenho surpreendente. De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Iglesias, o setor registrou preços muito firmes mesmo em um período de demanda tradicionalmente enfraquecida. "Não esperávamos um resultado tão promissor para o primeiro mês do ano, muito pelo contrário. Entendo que o quadro de oferta ajustado foi fundamental para isso", comenta.
Iglesias acredita que possam ter sido produzidas em torno de 990 mil toneladas de carne de frango em janeiro, cerca de 20 mil toneladas a mais que o registrado em dezembro, mas ainda assim bem adequado à realidade interna de consumo, levando em conta uma estimativa final de exportações entre 300 e 310 mil toneladas.
Para fevereiro, a expectativa é de que a produção possa cair um pouco mais, considerando um menor número de dias úteis, alcançando em torno de 950 mil toneladas de carne de frango, com exportações da ordem de 293 mil toneladas.
O consultor salienta ainda que essa menor produção tem relação direta com os elevados custos de produção gerados com a forte alta dos preços dos farelos de soja e do milho. "Resta saber se o setor seguirá com um volume de produção controlado a partir do momento em que os custos estiverem menores. Esta é a grande dúvida do mercado", argumenta.
Comparativamente aos primeiros dias do ano a análise de Safras & Mercado indicou uma queda de dez centavos no preço do frango vivo em São Paulo, cujo preço recuou de R$ 3 para R$ 2,90. Em Minas Gerais, o quilo vivo manteve o valor de R$ 3,05, ainda que tenha apresentado ligeira queda no decorrer do mês, com posterior recuperação.
Pelo país - O preço do frango vivo na integração catarinense subiu de R$ 2,85 para R$ 2,90. Na integração do Rio Grande do Sul o preço também teve valorização de cinco centavos e atingiu R$ 2,90 para o quilo vivo. No Paraná, o quilo foi cotado a R$ 2,90 na integração (Oeste do Estado), mesmo valor ante o início do mês.
No Mato Grosso do Sul o preço seguiu em R$ 2,95 para o quilo vivo. No Distrito Federal o quilo vivo foi cotado a R$ 3, mesmo valor registrado em Goiás, ambos sem alterações ante o começo do mês.
Em Pernambuco o quilo vivo teve queda de dez centavos, cotado a R$ 3,35. No Ceará a cotação do quilo vivo caiu de R$ 3,40 para R$ 3,30, enquanto no Pará o quilo vivo recuou dez centavos, atingindo valor de R$ 3,50.
Veículo: Diário do Comércio - MG