Preços das carnes variam 84% em mercados e açougues de Niterói

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Consumidor pode economizar R$ 5,92 na linguiça e R$ 4,92 na asa de frango para churrasco de Carnaval se pesquisar bem antes de ir às compras nos supermercados

Com a aproximação do Carnaval muitos brasileiros já começam a se preparar para ir aos supermercados atrás de carnes, refrigerantes e cervejas pensando em aproveitar os dias de folga para reunir os amigos e preparar um belo churrasco. Pesquisa realizada por O FLUMINENSE na última quarta-feira em seis supermercados na Zona Sul, Centro e Região Oceânica de Niterói apontou que a variação de preços chegou a até 84,81% no caso da linguiça.

O quilo mais barato foi encontrado no Real, em Piratininga, por R$ 6,98. Já o mais caro foi registrado no estabelecimento vizinho, o novo Freeport, ao preço de R$ 12,90. Na média, os preços das carnes variaram 37,77%.

A grande diferença de preços entre estabelecimentos a metros de distância poderia fazer com os consumidores optassem automaticamente pelo local com preço mais barato. Porém, pesquisa realizada pela associação de consumidores Proteste apontou que a maioria dos brasileiros leva em conta a comodidade em relação ao preço. De acordo com o estudo, 35,6% dos 1.822 consumidores ouvidos escolhem estabelecimentos que estão perto ou no caminho de casa ou trabalho. Os preços melhores são primordiais para 20,2% e variedade de produtos e marcas foi escolhida por 12%.

“Há um componente muito importante para o brasileiro que é a fidelização. Se ele vai em um estabelecimento e gosta, sempre dará preferência àquele supermercado. Ele já conhece a disposição das seções, onde estão as gôndolas de cada produto. Não precisa procurar”, avalia o especialista em finanças e professor do Ibmec, Gilberto Braga.

A segunda maior diferença de preços ocorreu em relação à asa de frango, alcançando 61,65%. A mais barata no caso foi a do Extra, no Centro, onde a carne custava R$ 7,98. Já a mais cara foi encontrada no Pão de Açúcar, no Ingá, custando R$ 12,90. Em seguida veio o peito de frango, cuja diferença de preços atingiu 37,04%. Novamente, o Extra tinha o produto mais barato, custando R$ 7,29. Já o peito de frango mais caro foi encontrado no Real, por R$ 9,99.

Já entre as bebidas, a variação máxima foi registrada no preço da cerveja Skol de 350ml em 25,16%. A latinha mais cara foi encontrada no Real a R$ 1,99. Já a mais barata foi a do Pão de Açúcar, com preço de R$ 1,59. Na média, o preço das bebidas variou 20,27%.

Outro hábito do consumidor, diz Braga, é optar pelo supermercado tradicionalmente mais barato. É exatamente o que faz a vendedora Danielle Alvarez, de 32 anos. “Venho sempre neste supermercado porque é o mais barato. Não costumo pesquisar”, admite a vendedora.

Entre os supermercados visitados por O FLUMINENSE, o que teve a lista de compras mais barata foi o Guanabara, custando R$ 107,07. Já o mais caro foi o Pão de Açúcar, com R$ 120,74, uma variação de 12,77%. O segundo mais barato foi o Extra (R$ 108,82), seguido do Multi Market (R$ 111,51), em Icaraí, e o Freeport (R$ 111,93). No Real, a cesta custou R$ 109,04.

Gastos maiores- A pesquisa da Proteste também constatou que o gasto do consumidor é maior quando o estabelecimento visitado é um hipermercado, caso do Extra e o Guanabara, no Centro, ao invés de supermercados menores como Pomar e Multi Market, em Icaraí. Na última ida ao mercado, segundo o estudo, as famílias que foram às lojas maiores gastaram, em média, R$ 342; nas menores o gasto foi de R$ 260; e nas lojas de sortimento limitado e de conveniência, de R$ 173 e R$ 83.

“Os supermercados maiores se tornaram verdadeiros centros de compra. A tendência é que as pessoas passem mais tempo dentro dos locais e gastem mais até por impulso. Eles também organizam as seções de forma que o consumidor precise rodar todo o estabelecimento para comprar os itens básicos”, alerta o economista.

Lista de compras pode ajudar- Com tanta diversidade de produtos, promoções e estímulos tão grandes ao consumo, o consumidor deve ficar atento para não cair na armadilha do consumismo. Professor do Ibmec, Gilberto Braga aconselha aos consumidores que vão aos supermercados adotar algumas medidas simples para evitar o gasto desnecessário. Segundo ele, é preciso organização e não se impressionar com o batalhão de avisos e alertas de descontos e promoções.

“A primeira dica é que a pessoa prepare uma lista com os itens que pretende comprar. Muita gente fica tentando lembrar de cabeça os produtos e acaba levando produtos a mais. Outro conselho é tomar cuidado com as promoções relâmpago. Muitas vezes a pessoa vê aquela aglomeração e acha que precisa comprar para aproveitar a oportunidade, mas o produto pode não ser essencial e estar próximo ao prazo de validade. Além disso, o consumidor deve evitar ir ao supermercado com fome, pois isso fará com que você compre além do necessário, completa Gilberto Braga.

 

Veículo: O Fluminense - RJ


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