Tendência para esta quinzena do mês é de que as cotações continuem em queda, mesmo com oferta estabilizada.
O mercado brasileiro de frango vivo foi diretamente impactado pelo feriado de Carnaval, o qual determinou redução no consumo e, conseqüentemente, nos preços praticados para a ave em algumas praças de comercialização do país.
De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, era esperado que os preços recuassem, especialmente por conta do ingresso de oferta proveniente do Paraná em alguns mercados consumidores, sobretudo em Minas Gerais e São Paulo. "A tendência, para a segunda quinzena, é de que os preços possam recuar levemente, ainda que o quadro de oferta, de modo geral, permaneça estabilizado em todo o país", diz.
Iglesias entende que essa oferta decorrente do mercado paranaense ainda é decorrente do maior volume produzido por este estado, que dispõe de grande oferta de grãos, muito embora a tendência seja de adequação da produção frente à demanda, para manter o setor regulado. O analista sinaliza que a oferta de grãos tende a ser mais abundante neste ano, o que poderá reduzir um pouco o impacto dos custos de produção.
Nas exportações, Iglesias mantém expectativa de embarques totais de 280 mil toneladas, em linha com a nova realidade de oferta disponível para embarques. A análise de Safras & Mercado indicou que em São Paulo o quilo vivo seguiu cotado a R$ 2,90. Em Minas Gerais o quilo vivo cedeu dez centavos e foi cotado a R$ 2,95.
O preço do frango vivo na integração catarinense seguiu em R$ 2,90, permanecendo em R$ 2,95 na integração do Rio Grande do Sul. No Paraná, o quilo foi cotado a R$ 2,90 na integração (oeste do Estado), mesmo valor ante a semana passada.
No Mato Grosso do Sul o preço passou de R$ 2,95 para R$ 2,85 o quilo vivo. No Distrito Federal o quilo vivo foi cotado a R$ 2,90, queda de dez centavos ante a semana passada. Em Goiás o quilo vivo caiu de R$ 3,00 para R$ 2,90. Em Pernambuco o quilo vivo permaneceu em R$ 3,35. No Ceará a cotação do quilo vivo continuou em R$ 3,30, enquanto no Pará o quilo vivo seguiu em R$ 3,50.
Veículo: Diário do Comércio - MG