Aumento no consumo alimenta chance de recuperação dos preços no mercado
Escalas dos frigoríficos apresentam algum avanço e as cotações ficam de estáveis a mais baixas na maioria das praças.
O mercado físico de boi gordo brasileiro aparentou condição de melhora de oferta, mas que foi insuficiente para atender a todos em São Paulo. Por isso, os preços ameaçaram baixas, mas logo voltaram a se firmar, conforme o analista de Safras & Mercado Paulo Molinari.
No início da semana, as escalas apresentaram algum avanço, e os preços ficaram de estáveis a mais baixos na maioria das praças, tanto no físico quanto no atacado. Ademais, houve leve melhora de ofertas ajudando a pressionar as cotações.
Já na quarta e quinta-feira passadas, os preços começaram a variar de acordo com o porte do frigorífico. Nos grandes, nos quais melhorou o volume de abates, os preços caíram. Já nos pequenos estabelecimentos, os preços subiam. Molinari declara que as escalas de abate curtas poderão manter os preços firmes para a semana que vem.
Já o boletim semanal do Sindifrio relatou uma nova situação para o mercado. A queda de braço entre pecuaristas, resistentes ao preço de oferta pelas indústrias, faz com que retenham os animais aguardando melhor oferta, uma vez que os bois estarão mais gordos. Entretanto, esse ganho de peso não é ilimitado e com o tempo poderá reverter em razão da exagerada retenção.
As empresas atuam com cautela com escala média de abate em torno de cinco dias úteis, o que permite manter o equilíbrio com a demanda consumista que não está muito boa. Ao contrário, encontra-se bem fraca. "O momento exige prudência e observação", aconselhou o Sindifrio.
Consumo - O consumo de carne bovina continua marcando passos lentos no atacado, permitindo ora recuo, ora avanço de preços no atacado. Mas esse cenário continua com o nó atado na ponta do consumo, porque na fase atual a oferta de carne bovina pelo atacado está equilibrada, apesar da redução dos abates.
Com a aproximação do final de semana, a expectativa de aumento no consumo alimenta possibilidade de recuperação dos preços no atacado, tendo em consideração o equilíbrio oferta x demanda.
Na quinta-feira passada, em São Paulo, mercado teve preço a R$ 94/97,00 a arroba livre, a prazo. Em Mato Grosso do Sul, preço a R$ 90/92,00. Em Minas Gerais, a arroba fechou em R$ 94/96,00, livre, a prazo. Em Goiás, a arroba foi cotada a R$ 89/90,00, a prazo. Em Mato Grosso, preço a R$ 85/87,00. Já no atacado, o mercado ficou com os cortes de traseiro a R$ 8,00, por quilo enquanto que os cortes de dianteiro ficaram a R$ 4,90, por quilo.
Veículo: Diário do Comércio - MG