Estudo encontra pescado ameaçado à venda em São Paulo

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SOS Mata Atlântica acha 74 espécies no comércio; biólogos alertam que faltam dados para consumidor decidir

Atenção na hora de comprar o peixe. Um levantamento feito pela organização SOS Mata Atlântica em dezenas de peixarias paulistanas encontrou 74 espécies de pescado sendo comercializadas, incluindo algumas ameaçadas de extinção ou em período de reprodução (defeso), quando a pesca é proibida.

Dois biólogos contratados pela ONG visitaram 66 pontos de venda de peixes e outros frutos do mar em abril e maio em todas as regiões de São Paulo. A proposta era registrar a diversidade do pescado vendido na cidade e o nível de conhecimento dos vendedores sobre os produtos. Descobriram que o conhecimento é limitado e há pouca informação disponível para interessados em fazer um consumo mais responsável.

"Há muito pescado por aí, mas pouca gente sabe a origem ou os impactos ambientais por trás da pesca de determinadas espécies", diz a bióloga Camila Keiko Takahashi, da Fundação SOS Mata Atlântica. "Precisamos informar o consumidor para que ele possa fazer escolhas mais conscientes."

Muitos consumidores, por exemplo, não sabem que cação é a mesma coisa que tubarão e nenhum dos peixeiros entrevistados soube dizer qual espécie estava vendendo - um fator preocupante, considerando que há 12 espécies de tubarão ameaçadas no Brasil.

Nesta semana, a Polícia Federal apreendeu na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) 700 quilos de peixes identificados como raia-viola, uma espécie ameaçada de extinção, cuja pesca é proibida.

A SOS também achou 35 estabelecimentos vendendo tainha em período de defeso. Um peixe encontrado em 100% das feiras foi a sardinha, cuja comercialização é legal, mas que já foi quase levada ao colapso pelo excesso de pesca.

Os resultados serão debatidos hoje, às 14 horas, no Viva a Mata, no Parque do Ibirapuera. O evento é gratuito e aberto ao público.



Veículo: O Estado de S.Paulo


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