Embora os dados apontem uma safra de tainha melhor neste ano do que em 2012, os números da pesca artesanal decepcionam e ficam abaixo do esperado.
Segundo a Federação de Pescadores do Estado (Fepesc), o primeiro levantamento feito mostra que foram capturadas 630 toneladas do pescado neste ano, contra 425 toneladas de 2012. Mas a classe acredita que não vai atingir o que era esperado – entre 800 e 1,2 mil toneladas.
Os pescadores industriais também sentiram a diminuição. Em 2012, foram capturadas pelos armadores 1.513 toneladas de tainha no litoral catarinense. A estimativa do Grupo de Estudos Pesqueiros (GEP) da Univali aponta que, até ontem, foram 463 toneladas.
Apesar do número ainda ser uma estimativa prévia (que pode aumentar), ele não chega nem na metade do pescado no ano passado.
Restrição atrapalha a pesca industrial
Os armadores de Itajaí reclamam do excesso de restrição para a pesca que, segundo eles, vem diminuindo a expectativa de safra da tainha a cada ano. Em todo o Sul e Sudeste do Brasil, apenas 60 embarcações têm licença para pescar o peixe mais esperado do inverno.
Além disso, a categoria espera o resultado da pesquisa que os ministérios da Pesca e do Meio Ambiente estão fazendo para impedir que uma decisão da Justiça gaúcha proíba de vez a pesca industrial. Para isso, um estudo deve ser feito para conhecer a realidade do ecossistema e da tainha.
O reflexo já pode ser sentido no bolso do consumidor. O quilo da tainha varia entre R$ 7 e R$ 9, o dobro de 2012.
Veículo: Diário Catarinense