Mercado de frango volta a reagir

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Valorização do dólar elevou as exportações e provocou redução da oferta, com o aumento dos preços.

Após uma primeira quinzena bastante morosa, com poucas mudanças de preço, o mercado de frango apresentou um cenário bem mais promissor da segunda metade de junho em diante. "A paridade cambial ajudou as exportações e deixou a oferta de frango mais enxuta no mercado doméstico, o que resultou em preços mais altos para o frango vivo", explica o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Iglesias. "A expectativa é de que esse movimento altista tenha continuidade no próximo mês", acrescenta.

No atacado, por outro lado, os preços não apresentaram grandes mudanças ao longo do mês, diante de um quadro de normalidade de oferta, combinada com um quadro de menor movimento no varejo, especialmente a partir da segunda quinzena. "Isso não se restringiu à carne de frango, atingindo também produtos concorrentes, como as carnes bovina e suína", ressalta.

Na exportação, Iglesias acredita que o desempenho do mercado de frango tende a ser promissor em julho, especialmente pelo fato de o Banco Central não ter conseguido frear a desvalorização do real frente ao dólar, o que torna os produtos nacionais mais atrativos aos importadores. "Isso também reflete no mercado interno, uma vez que, com menor disponibilidade de oferta, os produtores podem vir a trabalhar com melhores margens de preço", sinaliza.

Além disso, o analista lembra que o mercado de boi gordo terá um período de oferta mais escassa em julho, a conhecida entressafra, que trará reflexos nos preços no atacado e contribuirá para que o desempenho das carnes alternativas, como frango e suína, seja mais positivo.


Regiões - A análise de Safras & Mercado indicou que entre o final de maio e a última quinta-feira o preço do frango vivo em São Paulo subiu de R$ 1,80 para R$ 2,10 e em Minas Gerais, de R$ 1,90 para R$ 2,25. Na integração catarinense, a cotação se manteve em R$ 2,00, enquanto na integração do Rio Grande do Sul o preço subiu dez centavos, de R$ 1,95 para R$ 2,05. No Paraná, o quilo foi cotado a R$ 2,00 na integração (Oeste do Estado), acima do R$ 1,90 praticado no final de maio.

No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo passou de R$ 1,80 para R$ 2,15 na variação mensal. No Distrito Federal foi cotado a R$ 2,20, alta perante os R$ 2,00 registrados no final do mês passado. Em Goiás o quilo vivo subiu de R$ 2,10 para R$ 2,20.

Em Pernambuco, o quilo vivo caiu de R$ 2,90 para R$ 2,80 na variação mensal. No Ceará a cotação também caiu de R$ 3,00 para R$ 2,90, enquanto no Pará o quilo vivo foi cotado a R$ 2,80, ante os R$ 2,90 registrados no final de maio.



Veículo: Diário do Comércio - MG







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