A mesa do consumidor está mais requintada. A crise financeira que ocasionou a redução na exportação de carnes fez o preço do produto desabar nas prateleiras dos supermercados. O quilo do filé mignon, por exemplo, caiu de uma média de R$ 25 para até R$ 13 (48%).
A picanha baixou 23%, e o coxão mole, 13%. A explicação é a famosa lei da oferta e da procura.
– Passou o período mais forte de consumo por conta das férias. A procura menor aliada à maior oferta faz o preço cair – diz o presidente da Associação Catarinense de Supermercados, Adriano Manoel dos Santos.
Com uma queda de 20% na exportação brasileira de carnes bovina e suína e de 11% na de frango, o jeito foi colocar os produtos no mercado interno. Como aqui o consumo também diminuiu, a redução de preço foi inevitável. E até o mercado se adequar a esse novo cenário, os preços devem permanecer atrativos.
Na semana passada, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, chegou a mencionar que, após uma queda brusca nas exportações em janeiro, o mercado deveria se normalizar este ano. Embora veja o anúncio com otimismo, o diretor do Sindicato da Indústria de Carnes de SC (Sindicarnes-SC), Ricardo Gouvêa, acredita que pelo menos no primeiro semestre, a situação não deva mudar.
– Acertar a questão comercial não vai ser assim tão rápido - afirma.
Veículo: Canal Rural