A Pif Paf, uma das principais indústrias de alimentos de Minas Gerais, pretende inaugurar fábrica em abril, em Palmeira de Goiás (GO). A planta, que consumiu R$ 270 milhões, deverá ampliar a capacidade de abate dos atuais 170 mil para 320 mil aves/dia. Com o agravamento da crise global, a empresa antecipou-se e decidiu parar em novembro último a produção em Areal (RJ), com a demissão de 300 funcionários.
"Era unidade que demandaria investimentos para ampliar a produção com mais um turno de trabalho", explica o diretor comercial da empresa, Edvaldo Campos.
Segundo ele, com os cortes foi possível reduzir os custos na unidade, que tinha capacidade de abate de 40 mil aves/dia, com um turno de trabalho. A medida evitou que a empresa concedesse férias coletivas ou realizasse novas demissões. Não há previsão de quando a unidade de Areal voltará à operação.
"A unidade continuará paralisada até que o mercado fique ajustado", disse o executivo. Segundo Campos, a empresa continuará focada no mercado interno, mas não descarta o aumento da participação das exportações na receita no médio prazo.
Com a inauguração da unidade de Goiás, as expectativas são de que as exportações passem do patamar de 10% para 30% da receita logo no primeiro ano de atividades. "Será ascensão natural", prevê.Em 2008, a Pif Paf faturou R$ 760 milhões, alta de 26% sobre 2007. A meta é atingir a marca de R$ 1 bilhão em faturamento já em 2010.
A estratégia, de acordo com ele, é diversificar o mix de produtos industrializados - linhas de carnes temperadas, embutidos, lasanhas e pizzas, entre outros.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ