Exportações de frango ensaiam recuperação

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Desde novembro, os exportadores de carne de frango deixaram de faturar US$ 142 milhões com exportações em queda. Mas, depois de novembro e dezembro também com recuo em volumes, o setor teve em janeiro alguma recuperação neste indicador. Foram embarcados no mês 257 mil toneladas de carne de frango, 1,5% mais que em janeiro de 2008. O enxugamento da oferta, feita pelos produtores que reduziram alojamento de pintos, e pelas exportações em recuperação, ajudaram a elevar os preços pagos ao produtor. Há quinze ou vinte dias, o quilo do frango vivo valia R$ 1,60, valor que atualmente está em R$ 1,80, segundo dados da União Brasileira de Avicultura (UBA).

 

No entanto, a incerteza sobre a economia ainda mantém o setor em alerta. A expectativa é de que no mês de fevereiro o setor reduza o volume de aves alojadas para 410 milhões, 17% de recuo em relação aos 496 milhões de outubro. De acordo com dados da Associação dos Produtores de Pintos de Corte (Apinco), São Paulo é um dos estados que mais reduziu alojamento. Em setembro bateu o recorde de 77 milhões alojados e, em janeiro, registrou cerca de 60 milhões, retração de 22%.Um analista do setor explica que o recuo mais forte em São Paulo e, em parte resultado da consciência do setor de que é necessário diminuir a oferta, mas também de dificuldades peculiares que a atividade neste estado atravessa. "As granjas em São Paulo têm estruturas de investimentos diferentes das do Sul do País. Elas ampliam mais com capital próprio o que, em momento de escassez de crédito, as deixam mais fragilizadas que as do Sul, que investem com financiamento de longo prazo", detalha o analista.

 

Além da Frango Sertanejo, que entrou em recuperação judicial no final do ano passado, por falta de capital de giro para continuar a atividade, outras empresas do estado estão em dificuldades, explica o analista.

 

No Paraná, onde os custos de produção são menores do que em São Paulo, há mais resistência em reduzir o número de pintinhos alojados. O presidente da UBA, Ariel Mendes, afirmou nesta semana que muitas empresas do setor estão "otimistas e equivocadas" ao não cumprirem suas metas de recuar em 20%. Segundo ele, a retração de compra permanece nos mercados russo, japonês, além de em países, como Arábia Saudita e Hong Kong.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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