Em doze meses, o avanço foi de 8,55%, superando o da proteína bovina
A crise levou o brasileiro a fazer trocas no prato: saiu a carne e entrou o frango. Em novembro, o preço do frango inteiro subiu 2,91%, após alta de 1,43% em outubro. Já o frango em pedaços subiu 1,50% em novembro, após deflação de 0,58% em outubro. No caso das carnes, no entanto, a alta dos preços desacelerou de 2,64% em outubro para 0,22% em novembro.
Em doze meses, os preços de frango inteiro subiram 8,55%, enquanto os de carnes avançaram apenas 3,81%. No período, os preços de alimentos subiram 10,17%.
O frango está tendo pressão de demanda. As pessoas deixam de consumir carne e vão para o frango. Embora o preço da arroba (do boi) tenha subido em outubro, a reação da demanda tem impedido uma alta maior dos preços - apontou a coordenadora de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes. Esta é época de entressafra no mercado bovino, quando a oferta de gado é menor, e o preço tende a subir. A falta de demanda, no entanto, tem segurado o preço ao consumidor.
Economista da Modal Asset, Daniel Silva explica que a fraca elevação do preço de carnes reflete o ajuste no orçamento das famílias. Com aumento do desemprego e queda da renda, a tendência é reduzir os gastos: O preço da carne tem comportamento atípico para esta época do ano. Com a crise, as pessoas tendem a recorrer à carne de segunda, e também à de frango.
Fonte: Jornal OGlobo