Fusão entre Sadia e Perdigão cria gigante e já mexe com mercado

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A semana começa com a expectativa, para hoje, da fusão entre Sadia e Perdigão. Na semana passada, as ações das duas empresas tiveram comportamentos opostos na Bolsa de Valores de São Paulo. Nos últimos sete dias, as ações da Perdigão ON acumularam alta de 8,20%. Já os papéis da Sadia, registraram retração de 3,70% nos últimos sete dias. O Ibovespa - principal indicador da bolsa paulista - 2,10% em sete dias.

 

Apenas detalhes sobre a participação acionária dos grupos impediram a concretização do negócio na semana passada. Os acertos estavam previstos para o fim de semana, mas não foram concluídos até o fechamento desta edição. As empresas, inclusive, já traçaram a estratégia de marketing para difundir a nova marca, Brasil Foods.

 

Na sexta-feira, as empresas realizaram conferência sobre seus resultados trimestrais. A Sadia registrou perdas da ordem de R$ 239,1 milhões, similar ao da Perdigão que terminou o primeiro trimestre com prejuízo líquido de R$ 226 milhões.

 

O balanço da Sadia no primeiro trimestre de 2009 foi impactado por gastos administrativos e paradas técnicas nas fábricas. O lucro bruto, que somou R$ 386,2 milhões no período, corresponde a uma queda de 28,2%. "Foi um período atípico, mas esperamos melhora nos próximos trimestres", disse Welson Teixeira Júnior, diretor de Relações com Investidores. Os gastos da companhia também foram influenciados pela alta de 19,3% nos custos de milho e soja. Os estoques desses insumos haviam sido comprados em julho, quando os preços estavam elevados. Mesmo apresentando números preocupantes, Teixeira afirmou aos acionistas que a companhia já vê recuperação da demanda externa neste segundo trimestre. "Identificamos recuperação em diversos mercados, como no Oriente Médio e na Europa, que vive um momento sazonal positivo, em razão do período de férias".

 

A Perdigão também prevê uma retomada das exportações nos próximos meses. Segundo, Leonardo Saboya, diretor financeiro e de Relações com Investidores, os preços e volumes começaram a reagir já em fevereiro e março. A companhia encerrou o trimestre com uma dívida líquida de R$ 3,6 bilhões.

 

Seara

 

A Seara Alimentos, braço de carnes da norte-americana Cargill no Brasil, voltou a encerrar um exercício no vermelho. A empresa registrou prejuízo de R$ 72,5 milhões em 2008, 55,6% maior que em 2007. A receita líquida da Seara, porém, alcançou R$ 2,9 bilhões no ano passado, aumento de 38%.

 

Veículo: DCI


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