Ministro nega que Brasil Foods irá concentrar mercado

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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Miguel Jorge, afirmou, em Istambul, que não acredita que a fusão entre a Perdigão e a Sadia represente um problema de concentração. A união entre as empresas deu origem à Brasil Foods.

 

"Não acredito que haverá problema no Conselho Administrativo de Defesa Econômica [Cade]", disse o ministro que chegou no início da tarde de ontem à Turquia, em visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para Miguel Jorge, a fusão irá ampliar as exportações brasileiras de frango.

 

Na terça-feira, em visita à China, o governo brasileiro conseguiu destravar a exportação de carne de frango ao país asiático. Os primeiros embarques estão previstos para acontecer nos próximos 30 dias.

 

Os advogados da Sadia e da Perdigão se anteciparam e apresentaram, na semana passada, a estrutura da Brasil Foods para o presidente do Cade, Arthur Badin, e para a titular da Secretaria de Direito Econômico (SDE), Mariana Tavares.

 

A Brasil Foods tem até 9 de junho - 15 dias úteis a partir da assinatura do contrato - para apresentar o negócio oficialmente às entidades que fazem parte do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência: Cade, SDE e Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae).

 

A partir dessa apresentação, as empresas começarão a negociar um Acordo de Preservação de Reversibilidade de Operação (Apro). O acordo vai estabelecer o grau de integração que poderá ser aplicado enquanto o Cade analisa e julga a operação, processo que deve levar um ano.

 

Nas negociações para a assinatura do Apro, a Brasil Foods pretende mostrar que, apesar de liderar em diferentes categorias do mercado de alimentos industrializados, seus concorrentes não são nada desprezíveis. Grandes multinacionais de alimentos, como Tyson Foods (maior processadora de carnes do mundo e que adquiriu, no ano passado, três avícolas no Sul do País, incluindo a Macedo), Cargill (dona da marca Seara) e Bunge (que atua no mercado de margarinas com a marca Delícia) operam livremente no País, junto com outros concorrentes nacionais.

 

Veículo: DCI


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