Maior feira da indústria de carnes do país começa amanhã em Chapecó para expandir os negócios
Praticamente todos os hotéis da região Oeste estão lotados nesta semana devido à Mercoagro 2008 - Feira Internacional de Processamento e Industrialização da Carne, que será realizada entre amanhã e sexta-feira, no Parque de Exposições Tancredo Neves, em Chapecó.
Com a abertura programada para as 14 horas, e projeção de movimentar US$ 200 milhões em negócios, a feira conseguiu aumentar o movimento de visitantes e até as 87 unidades do recém inaugurado Hotel Mogano estão ocupadas. Algumas reservas são de dois anos atrás, feitas durante a edição anterior da feira.
Além da ampliação do Pavilhão 4 do parque, que passou de dois para cinco mil metros quadrados na Exposição Feira Agropecuária Industrial e Comercial (Efapi) do ano passado, para esta edição da Mercoagro foi construído um pavilhão de lona com mil metros quadrados, que vai abrigar 50 novas empresas, fazendo o número de expositores aumentar de 600 para 650.
Cerca de 300 pessoas trabalham na montagem dos estandes, que vão ocupar uma área de 15 mil metros quadrados. Segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Chapecó e coordenador da feira, Vincenzo Mastrogiacomo, o número de expositores só não é maior devido a limitação de espaço do parque.
Na feira estarão as maiores empresas de máquinas e equipamentos para frigoríficos, com sede nos Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Holanda, Dinamarca e Brasil. Só de Chapecó são pelo menos 30 empresas. A Mercoagro é a segunda maior feira do mundo voltada especificamente para o setor de carnes, perdendo apenas para a IFA, realizada em Frankfurt, na Alemanha.
Exposição é a segunda maior do mundo
Mastrogiacomo atribui o sucesso do evento catarinense à grande produção de carnes na região, que é um dos principais pólos mundiais. No Oeste Catarinense, onde estão instaladas grandes agroindústrias como como Sadia, Perdigão, Seara/Cargill e Aurora, são abatidos 2,5 milhões de aves e 25 mil suínos por dia.
Para Mastrogiacomo, a feira é uma oportunidade de renovar o parque de máquinas das indústrias da região. Ele afirmou que entre os lançamentos estão máquinas de embutidos, que reduzem de 30 para três o número de funcionários. A automação seria uma saída para contornar a falta de mão-de-obra do setor.
Outra tendência é a compra de equipamentos para produzir pratos prontos. O coordenador da Mercoagro afirmou que Santa Catarina deve se voltar para a produtos mais elaborados e de maior valor agregado, já que o Centro-Oeste está atraindo investimentos das agroindústrias pela facilidade em fornecimento de milho.
- Nossa saída é a especialização, pois temos qualidade e melhores condições sanitárias.
Veículo: Diário Catarinense