As exportações de carne suína apresentaram, de janeiro a agosto, 374.875 toneladas, uma queda de 4,23% em volume. O valor, entretanto, aumentou para US$ 1,026 bilhão, alta de 35%, em relação aos US$ 759,75 milhões nos oito primeiros meses de 2007. "Continuamos sustentando que as exportações em 2008 deverão superar em volume as do ano passado. Em renda, elas serão significativamente superiores, em virtude do maior preço médio", afirma Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).
Os principais destinos das exportações brasileiras de carne suína, em agosto, foram Rússia, Hong Kong, Ucrânia, Argentina e Cingapura. Para a Rússia, o Brasil embarcou 164.407 toneladas de janeiro a agosto deste ano, uma queda de 10,72%. Em valor, entretanto, as vendas aumentaram quase 30% em relação a igual período de 2007. No acumulado do ano, o Brasil aumentou as exportações de carne suína a países como Armênia, Cabo Verde, Camarões, Congo e Costa do Marfim.
Agosto
Em agosto, houve uma queda de 26% em volume, em relação ao mesmo período de 2007. O Brasil exportou 48.082 toneladas em agosto, em relação a 64.923 toneladas em agosto de 2007. Em valor, o resultado foi mais expressivo, US$ 148,39 milhões, enquanto que no mesmo período de 2007 foram US$ 122,33 milhões, alta de 21%. A queda de volume em agosto "não preocupa, pois em 2007 a exportação foi muito expressiva", diz o executivo.
Outra informação positiva para o setor, segundo Camargo Neto, é que "o mercado interno continua muito firme, sustentado pelo fortalecimento do poder aquisitivo e pela elevação do preço da carne bovina. Alguns mercados externos, hoje, deixaram de ser atraentes em função do mercado interno. As empresas não apresentam estoques excedentes, pois as vendas para este período do ano vão muito bem. Também no campo, os suínos têm sido encaminhados prontamente para o abate, não existindo sobra de animais".
Veículo: DCI