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Estimativa do mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,10% para 5,16% na pesquisa Focus do BC

 

Pela décima semana consecutiva, o mercado financeiro elevou a estimativa para a inflação em 2010. Nem mesmo o recado dado na semana passada pelo Banco Central (BC) de que a taxa de juros básica da economia, a Selic, deve subir em abril foi suficiente para interromper a trajetória da previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) que passou de 5,10% para 5,16% na pesquisa semanal Focus divulgada ontem.

 

Com a alta, o índice previsto pelos analistas se afasta do centro da meta de inflação para o ano, de 4,50%. As previsões continuam em alta principalmente porque a pressão sobre os preços verificada no início do ano demora a arrefecer.

 

Copom. Além disso, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter o juro em março - e não subir a taxa, como apostava parte do mercado - abre espaço para que o movimento de aumento dos preços continue no curto prazo.

 

"Persiste o impacto dos preços dos alimentos nos índices ao consumidor, cuja desaceleração tem sido contida principalmente pelo comportamento desse grupo e dos serviços", afirma o economista-chefe do Banco Schahin, Silvio Campos Neto.

 

"O momento é muito positivo para a economia do País, com o desenvolvimento de um novo ciclo de expansão. Todavia, é preciso compatibilizar o ritmo de expansão da demanda interna com a capacidade de oferta de bens e serviços a fim de evitar desequilíbrios", completa, em relatório enviado aos clientes.

 

Para enfrentar esse eventual desequilíbrio, a ata do encontro de março do Copom sinalizou, na semana passada, que os juros devem subir no fim de abril. Para o mercado, a alta será de 0,50 ponto porcentual, o que levaria a taxa Selic para 9,25% ao ano.

 

Depois, novas altas seriam anunciadas em junho, julho, setembro e outubro. A estimativa do mercado é que esse ciclo de alta leve a taxa básica de juros para 11,25% no fim do ano, o que indica alta de 2,5 pontos porcentuais no período.

 

Fora da pesquisa Focus, já há economistas que começam a ajustar suas previsões para o aperto monetário. Alguns passaram a prever, nos últimos dias, elevação mais forte na reunião de abril, de 0,75 ponto porcentual. A avaliação do grupo é que o BC pode optar por altas mais intensas do juro e em menos tempo. Esse movimento, no entanto, ainda não é previsto no levantamento semanal do BC.

 

Freio. Para o Copom, o aperto monetário é necessário para tentar conter o ritmo de expansão da economia e, assim, segurar o aumento dos preços de bens e serviços.

 

Para o mercado, segundo a pesquisa Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter crescimento de 5,51% este ano. Esse ritmo deve continuar em 2011, quando analistas preveem expansão econômica de 4,50%.

 

"A cada semana se acumulam sinais benignos de vigor da atividade econômica do País. O crédito está retornando com mais força, enquanto a taxa de desemprego tem batido em mínimas históricas. Isso evidencia o surgimento de um novo círculo virtuoso da economia, o que deve contribuir para manter o consumo aquecido e incentivar a continuidade do ciclo de investimentos produtivos nos próximos meses", prevê Silvio Campos Neto.

 

Veículo: O Estado de São Paulo


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