Mercado eleva estimativa para inflação em 2010 e 2011

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Analistas também alteram o patamar esperado para o dólar no fim do ano, de R$ 1,75 para R$ 1,70

 

O mercado financeiro elevou a previsão para a alta de preços acumulada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano e em 2011, segundo a pesquisa semanal Focus, divulgada nesta segunda-feira, 18, pelo Banco Central (BC). A expectativa para a inflação em 2010 subiu de 5,15% para 5,20%, em um patamar acima do centro da meta de inflação para o ano, que é de 4,50%. Já a estimativa para o IPCA em 2011 teve um leve ajuste para cima, de 4,98% para 4,99%.

 

No caso da inflação de curto prazo, o mercado elevou de 0,50% para 0,55% a previsão para o IPCA de outubro. Para a inflação de novembro, a taxa prevista passou de 0,48% para 0,50%, de acordo com a Focus. Já a estimativa para a produção industrial em 2010 caiu de 11,35% para 11,30%. Para o ano que vem, a projeção para a expansão da indústria seguiu em 5,20%.

 

A expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, segundo a pesquisa semanal Focus, seguiu em 7,55% em 2010. Para o ano que vem, a previsão para o PIB foi mantida em 4,50%.

 

Juros e dólar

 

De acordo com a pesquisa Focus, a previsão para a Selic (a taxa básica de juros da economia) para o fim do ano continuou em 10,75% ao ano. Já a projeção para a taxa no fim de 2011 seguiu em 11,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 10,75% ao ano.

 

Os analistas alteraram o patamar esperado para o dólar no fim do ano. A taxa de câmbio esperada para o fim de dezembro passou de R$ 1,75 por dólar para R$ 1,70. Para o fim de 2011, a expectativa para a moeda americana continuou em R$ 1,80. A previsão do câmbio médio no decorrer de 2010 caiu de R$ 1,77 para R$ 1,76 e do câmbio médio em 2011 passou de R$ 1,78 para R$ 1,76.

 

Contas externas

 

O mercado financeiro manteve as previsões para o déficit nas contas externas em 2010. A previsão para o déficit em conta corrente neste ano é de US$ 50 bilhões. Para 2011, a previsão de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos subiu de US$ 61,48 bilhões para US$ 62 bilhões.

 

Já a previsão de superávit comercial em 2010 continuou em US$ 15,85 bilhões. Para 2011, a estimativa para o saldo da balança comercial caiu de US$ 9,50 bilhões para US$ 9,00 bilhões. Analistas não alteraram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2010, de US$ 30 bilhões. Para 2011, a previsão subiu de US$ 37,0 bilhões para US$ 38,0 bilhões.

 

Veículo: O Estado de S.Paulo


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