Crédito pessoal caro faz juro ao consumidor subir

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Custo médio de empréstimo a pessoa física sobe para 40,4% em outubro

 

Crédito segue em expansão e bate recorde de R$ 1,65 trilhão, o que corresponde a 47,2% do Produto Interno Bruto

 

Os juros ao consumidor voltaram a subir em outubro, devido ao encarecimento no crédito pessoal. A liberação de empréstimos, no entanto, manteve o ritmo de expansão e bateu novos recordes.

 

Segundo o Banco Central, no mês passado o custo médio dos empréstimos a pessoas físicas subiu de 39,4% ao ano para 40,4% ao ano.

 

Parte da alta na taxa média, segundo a instituição, deve-se à queda na liberação de empréstimos consignados -do tipo descontado em folha de pagamento, que têm juros menores- por causa da greve bancária na primeira quinzena do mês.
Essa modalidade responde por um terço dos empréstimos a pessoas físicas e tem uma taxa de 26% ao ano.

 

Dados da instituição mostram, no entanto, que a taxa média das operações de crédito pessoal, excluindo o crédito consignado, também subiu, de 55,1% ao ano para 56,8% ao ano.

 

Houve ainda alta nos juros para aquisição de veículos e outros bens.
No caso das empresas, as taxas recuaram pela primeira vez desde fevereiro, puxadas pelas reduções em modalidades mais caras, como conta garantida e "hot money". No capital de giro, o juro subiu.

 

Ainda segundo o Banco Central, o total do crédito na economia chegou a R$ 1,65 trilhão no mês passado, o que representa 47,2% do PIB (Produto Interno Bruto). Os números são recordes.

 

Houve aumento de 1,9% no mês e de 20,3% em 12 meses. Mais uma vez, os destaques foram os empréstimos subsidiados, como crédito habitacional e financiamentos do BNDES.

 

CRÉDITO HABITACIONAL

 

O crédito habitacional, com recursos livres e direcionados, cresceu 3% no mês e 51% em 12 meses. Com isso, representa hoje 3,7% do PIB, ante 2,8% há 12 meses.
O crédito sem subsídio cresceu 1,6%, tanto para pessoa física como jurídica. Nesse segmento, o destaque foi o aumento dos empréstimos para aquisição de veículos.

 

Para o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, os números mostram que o crédito continua crescendo a taxas "razoáveis". Ele destaca os financiamentos a empresas, que procuram mais capital de giro nessa época do ano.

 

Dados parciais até o dia 17 passado mostram um crescimento no crédito de 2% para empresas e consumidores. Os juros ficaram estáveis nesse período.

 


Veículo: Folha de S.Paulo


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