Os consumidores estão encontrando os produtos mais caros neste começo de ano. Segundo dois indicadores de inflação no varejo, os preços subiram na primeira semana de 2011 - 0,92%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) entre 03 e 07 de janeiro, um avanço 0,2 ponto percentual superior ao registrado na última semana de dezembro.
Calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o IPC-S é apurado em sete capitais e serve de termômetro do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o principal indicador de inflação do país. Outro indicador, o IPC, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que pesquisa no município de São Paulo, também avançou - a primeira prévia de janeiro registrou alta de 0,61%, superior aos 0,54% de dezembro.
Entre as capitais pesquisadas pela FGV, o Rio de Janeiro registrou a maior variação de preços na primeira semana de janeiro, atingindo 1,27%, puxado pelo salto de 1,5 ponto percentual no item educação entre a última semana de dezembro e a primeira de janeiro.
Taxas superiores ou próximas a 1% de avanço foram verificadas também em Salvador (BA), Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG). Nessas capitais, as pressões não ficaram concentradas em educação - segmento em que os preços sempre aumentam em janeiro e fevereiro - ,mas também no item alimentação, que chegou a subir 2,7% na capital do Rio Grande do Sul.
Os preços dos alimentos também foram, segundo a Fipe, as principais fontes de pressão em São Paulo, na primeira prévia do IPC de janeiro. A alta de 1,4% no item superou até o 0,9% de aumento de preços de material e matrículas escolares, que vão pressionar o índice ao longo do primeiro bimestre. O IPC da Fipe também detectou alta nos preços de transportes em São Paulo, com expansão de 0,77% na leitura inicial de janeiro.
Veículo: Valor Econômico