As famílias que moram na capital paulista e têm renda mensal de cinco a 15 salários mínimos tiveram de arcar com uma elevação de 2,7% no custo de vida desde o início do ano. Em abril, o preço da existência subiu 0,74%. - As informações vêm do Índice de Custo de Vida da Classe Média, o ICVM, elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio), em parceria com a Ordem dos Economistas do Brasil (OEB).
O principal motivo da elevação do ICVM no mês passado foi a alta dos preços de combustíveis. Em relação a março, o valor da gasolina apresentou variação de 6,62%, enquanto o do Etanol teve alta ainda mais expressiva, de 10,36%.
O preço do álcool combustível já acumula alta de 30,24% neste ano. Com isso, deixou de ser vantajoso abastecer os automóveis com o etanol, que apesar de custar menos por litro, tem rentabilidade 30% menor que a gasolina.
A assessoria técnica da Fecomércio destacou que o álcool só é vantajoso para o consumidor, motorista de carro flex, quando o preço na bomba não vale mais que 70% do valor da gasolina. Atualmente, o litro de álcool custa o equivalente a 80% do preço do seu congênere fóssil.
A relação de preços entre os dois produtos foi crescendo ao longo dos primeiros meses de 2011, deste jeito: 69,89%, em janeiro; 71,29%, em fevereiro; 78,1%, em março. Em abril, atingiu o patamar mais elevado desde 2003, chegando aos atuais 80%. Os gastos com transporte ficaram 1,51% mais caros para a classe média paulistana no mês passado.
Também os custos com habitação - que tem o maior peso no orçamento das famílias - subiram. Em abril, as famílias de São Paulo gastaram, em média, 0,39% a mais com itens relacionados ao lar, na comparação com março. Os gastos com condomínio, mudança e reparo no domicílio ficaram, respectivamente, 1,65%, 1,36% e 1,06% mais caros.
Já os custos com Saúde subiram 1,31% na comparação entre abril e março, um incremento motivado pelo reajuste nos preços dos medicamentos. A assessoria técnica da Fecomércio explicou que esse aumento já era esperado, uma vez que é praxe, no fim de março, acontecer o reajuste anual dos preços de remédios, autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos.
As despesas pessoais também cresceram, com alta de 0,85%, puxadas principalmente pelo aumento nos preços médios de teatro e shows (5,73%).
Veículo: DCI