O preço da cesta básica na região está R$ 1,71 mais caro em relação à semana passada - aumento de 0,46%. O conjunto de produtos, composto por 34 itens, passou a custar, em média, R$ 370. Na segunda semana de maio, em 2010, o consumidor desembolsava R$ 347,75 para encher o carrinho do supermercado, ou R$ 22,25 a menos do que agora. O levantamento é da Craisa (Companhia de Abastecimento Integrado de Santo André).
O destaque de alta nesta semana é o arroz. O pacote de cinco quilos está 3,54% mais caro em comparação com o início do mês, e custa R$ 6,72. O encarecimento do cereal está relacionado ao grande estoque do produto nos supermercados. Em 2010, o pacote do arroz também tinha oscilação, com reajuste semanal de 8,13%. "Como os preços estavam muito baixos, devido à recente colheita, os revendedores reajustaram para não quebrar o agricultor. É uma estratégia para que não deixem de produzir o item pelo seu preço baixo", explica o engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá de Benedetto.
O quilo do açúcar também disparou nesta semana, registrando alta de 3% - o pacote custa R$ 1,96, em média. Benedetto afirma que o aumento está atrelado à valorização da cana-de-açúcar. "Entre este mês e junho será feita a colheita da cana, assim, o mercado fica abastecido novamente e os preços do açúcar, e até mesmo do etanol, voltam a cair, já que são produzidos pela mesma matéria-prima", comenta.
O tradicional pãozinho também está mais caro. Porém, nada justifica o aumento de 1,36% (quilo a R$ 5,22). O índice é apenas variação entre os supermercados das sete cidades. "A farinha de trigo não teve reajuste. Como é um item bastante consumido, com ou sem reajuste as pessoas vão comprar", diz o engenheiro.
Os hortifrutigranjeiros seguem a mesma tendência, com elevação de 4,33%. "Frutas, verduras e legumes variam muito de uma semana para outra. Isso porque são altamente perecíveis. Se os produtos estragam no trajeto até o supermercado ficam, consequentemente, mais caros, já que a oferta será menor", exemplifica o funcionário da Craisa.
Para contrabalancear o custo do carrinho do supermercado, o consumidor notará que os preços da carne bovina, o feijão, o leite e o café caíram ou ficaram estáveis.
Veículo: Diário do Grande ABC - SP