Cesta básica com o menor preço do ano

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Com a queda no valor de alimentos agrícolas como a batata e a cebola, a soma dos produtos pesquisados pelo DIÁRIO neste mês fecha em R$ 170,05 e registra queda de 3,36% em relação a junho

 

O momento é bom para ir às compras. Principalmente para quem quer preparar pratos à base de batata, farinha de mandioca, queijo mussarela, ovos e cebola. Esses foram os cinco produtos que registraram as maiores quedas na cesta básica de julho do DIÁRIO, que fechou no valor de R$ 170,05, o menor desde o começo do ano. Comparada com a pesquisa do mês anterior, que totalizou R$ 175,77, o recuo foi de 3,36%.


 
Em junho, a pesquisa do havia revelado aumento de 5,1% na cesta básica. A cebola liderou as maiores altas por dois meses consecutivos - subiu 62,95% só em junho -, mas começa a cair agora, quando o quilo aparece 8,95% mais barato. O maior recuo foi no preço da batata (-19,97%), seguido  pela farinha de mandioca torrada (-19,80%).    


Segundo Martinho Paiva Moreira, diretor de economia da Apas (Associação Paulista de Supermercados), a deflação era esperada, principalmente devido à entrada da safra dos produtos  in natura, que também aparecem com preços menores no último Índice de Preços dos Supermercados, elaborado pela Apas em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

 

BAIXA TEMPERATURAS /  Entre as principais razões que favoreceram as culturas agrícolas, conforme Paiva Moreira, estão as baixas temperaturas do inverno e a escassez de chuvas - o que favorece a colheita.

 

O Índice Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) divulgado no início do mês também registrou queda no preço dos produtos agrícolas. Na média, a redução foi de  4,67%.

 

O diretor de economia da Apas prevê que o preço da  maioria dos alimentos que apresentaram queda se mantenha estável no próximo mês, inclusive as carnes. Consequentemente, segundo ele,  o ovo deve seguir baixando com a queda da demanda. Segundo ele, a redução de 9,27% no valor dos ovos neste mês está atrelada  ao  recuo no preço das carnes. "Quando a venda de  carne aumenta, a procura por ovos é menor", ressalta.

 

O queijo mussarela, que estava em alta, aparece na lista das cinco maiores quedas (-9,58%) por ter leite sobrando, mas deve voltar a subir no próximo mês, na avaliação do diretor de economia da Apas. 

 

Uma outra boa notícia para o consumidor é que a pesquisa deste mês não registrou altas assustadoras. Os cinco produtos que ficaram mais caros nos supermercados foram sal (6,26%), desodorante (5,70%), farinha de trigo (5,22%), linguiça (4,28%) e alho (3,72%).

 


Veículo: Diário de S.Paulo


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