O comércio varejista apresentou expansão de 6,3% no mês de julho, em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Em relação a junho, o aumento das vendas foi de 8,3%, estimulado por recursos econômicos. - O pagamento parcial do 13º salário a aposentados e pensionistas e a restituição contínua do Imposto de Renda são fatores que impulsionaram a alta, de acordo com a CNDL. "Além disso, há a comemoração do Dia dos Pais e a liquidação de inverno para escoar estoques", pontuou a entidade.
Em centros de compras, a atividade comercial cresceu ainda mais (7,1%, em julho), segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). As megalojas - que incluem lojas de eletroeletrônicos, artigos esportivos, livrarias e outros - informaram o melhor desempenho do mês, com aumento de 14,6% das vendas.
Em nota, a entidade destaca que a previsão de inauguração de cerca de 50 shopping centers em todo o País nos próximos dois anos é um forte sinal de confiança dos investidores do setor. De janeiro a julho, a atividade comercial nos centros de compras já acumula alta de 10,97%.
A CNDL destacou que a demanda doméstica continua aquecida mesmo com a desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre. Isso se deve ao aquecimento do mercado de trabalho e ao crescimento da massa salarial e também dos empréstimos destinados a pessoas físicas.
Devedores
Nesse contexto, a inadimplência no comércio varejista subiu em agosto, tanto na comparação com a de julho (5,14%) como na comparação com a do mesmo mês de 2010 (6,37%), de acordo com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
"Algumas famílias se excedem nos gastos e acabam tendo dificuldades de honrar seus compromissos", pontuou a CNDL. "Há gastos realizados na euforia do mês de julho e que não foram planejados, não cabendo, assim, no orçamento."
Na avaliação do ano, o ciclo de aperto monetário verificado ao longo do primeiro semestre também exerceu pressão negativa no custo de crédito. Além disso, a falta de critérios para o uso de financiamento acaba elevando os índices de inadimplência. O crescimento do calote é uma tendência, nessa avaliação.
Veículo: DCI