Para crescer, empresas terão que inovar

Leia em 1min 30s

Estudo diz que, para atingir classe média global, de 3 bilhões de pessoas em 2030, será preciso mudar estratégia

Pesquisa feita com 547 empresários de todo o mundo mostra que prioridade é entender consumidores locais


As empresas que pretendem crescer e explorar o poder de consumo da nova classe média mundial terão que repensar suas estratégias de atuação nos próximos anos.
É o que revela um estudo feito pela Ernst & Young com 547 executivos de todo o mundo -72 deles brasileiros-obtido com exclusividade pela Folha. A Ásia é o mercado com maior potencial, diz o estudo.

A estimativa é que até 2030 serão 3 bilhões os consumidores de renda média, impulsionando uma demanda de US$ 21 trilhões, atualmente, para US$ 56 trilhões.
Para explorar esses mercados emergentes de maneira mais eficiente, 48% dos executivos de países desenvolvidos afirmaram que entender as necessidades dos consumidores locais é a melhor estratégia. Dos empresários pertencentes a companhias de nações emergentes, 55% acreditam ser esse o caminho mais adequado.

"A classe média é composta por pessoas que contribuem muito para o consumo em geral. Existem diversas oportunidades para atingir esse público que está sedento por consumo", analisa André Viola Ferreira, sócio da Ernst & Young Terco.
A estratégia mais irrelevante na opinião dos entrevistados foi "habilidade para compartilhar recursos e conhecimento além das fronteiras". Apenas 15% de cada grupo de executivos consideraram esse fator importante.

O relatório aponta ainda que empresários de companhias com crescimento de Ebitda (lucro antes de juros, taxas, depreciação e amortização) acima da média estão mais propensos a reconhecer as oportunidades proporcionadas pela classe média.
"No Brasil, a questão de saúde e educação ganha muito importância. O consumo, portanto, é muito variado e por isso é desafiador e interessante todo esse momento que o país está vivendo", diz.


Veículo: Folha de S.Paulo


Veja também

Prioridade do brasileiro no fim de ano é tirar férias

Pesquisa da Nielsen mostra que 21% dos brasileiros querem gastar mais no final de ano - e seu maior desejo de consumo s&...

Veja mais
Mercado vê taxa de juros abaixo de 10% em abril

Aposta de analistas é de nova redução nas reuniões do Copom em dezembro e janeiro, com a Sel...

Veja mais
Importados ficam com 23,4% do consumo industrial

As importações passaram a responder por 23,4% do consumo doméstico de bens industriais no terceiro ...

Veja mais
Varejo movido a crédito perde mais que setores que dependem de renda

A contenção do crédito provocou uma inversão no crescimento das vendas do varejo na passagem...

Veja mais
BNDES quer priorizar conteúdo nacional

Segundo o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o financiamento pode aumentar em projetos com maior proporç&atil...

Veja mais
Racionalidade das famílias nas compras no varejo

Enquanto a produção industrial nacional está num marasmo, o comércio varejista vai bem, obri...

Veja mais
Tendência é de fluxo cambial negativo até o final de 2011

O Banco Central (BC) divulgou ontem que o fluxo cambial registrou saída líquida de US$ 134 milhões ...

Veja mais
Dívidas são 41% do salário do brasileiro

Endividamento médio quase dobrou nos últimos cinco anos, segundo dados do Banco CentralA dívida dos...

Veja mais
Acaba impacto do dólar valorizado sobre os preços

O impacto da valorização do dólar em relação ao real sobre os preços chegou ao...

Veja mais