Receita do varejo cresce 9,5% e tem 30° mês seguido de alta

Leia em 2min

Pelo menos até setembro, mês em que foi deflagrada a crise financeira internacional, o varejo brasileiro mantinha resultados sadios, impulsionado pelo maior poder de compra da população. No nono mês do ano, a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP) apurou que a elevação nas vendas foi de 9,5% se comparada ao mesmo período de 2007. Este foi o 30º mês consecutivo em que o comércio da região metropolitana de São Paulo registrou alta. No ano, o índice acumula variação positiva de 5,4%.

 

O principal impulsionador desse resultado foi o setor de concessionárias de veículos, que teve alta de 40% na comparação entre os dois períodos. Entretanto, o mercado já dá sinais de que o otimismo do mercado em setembro não chegou a outubro, refletindo-se na venda de caminhões pesados no País.

 

"Nos nove primeiros meses do ano, a atividade acumulou alta de 18,9%. Essa taxa mensal é mais elevada no ano, em termos de crescimento relativo, e pouco abaixo recorde histórico alcançado em julho, em termos de volume de vendas", divulgou a entidade em comunicado. Segundo a Fecomércio, esta trajetória talvez apresente uma modesta retração nos próximos meses, devido à diminuição no volume de concessões de crédito destinada à aquisição de veículos para pessoas físicas.

 

Outros dois setores que ajudaram a alta do índice que mede a atividade do varejo paulista foram o de materiais de construção e de lojas de vestuário, tecidos e calçados. O primeiro apresentou elevação de 30,5% no faturamento real de setembro e acumula, no ano, alta de 16%. O segundo registrou elevação de 29,9% ante mesmo período de 2007. No acumulado de 2008, a alta é de 24,2%.

 

Autopeças

 

Enquanto a venda de automóveis foi a mais alta de todos os setores analisados pela pesquisa, as lojas de autopeças e acessórios tiveram, mais uma vez, queda nas vendas, chegando a 21% se comparado ao mesmo mês de 2007. Em 2008, o segmento já acumula resultado negativo de 28,5%. Segundo a Fecomércio, os fatores para este desempenho são a queda nos preços de produtos, com a entrada de itens chineses e o aumento nas vendas de veículos novos, que reduzem a demanda por peças e manutenção.

 

Veículo: DCI


Veja também

Produtor de grão pede verba duas vezes maior para garantir os preços

A demanda pelo Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) deve dobrar na temporada 2008/2009 , alcançando ...

Veja mais
Alimentos puxam custo de vida em SP

O custo de vida do paulistano ficou 0,43% mais caro no mês passado, em relação a setembro, segundo o...

Veja mais
Pagamento em moeda local deve atrair pequenas empresas

O Sistema de Pagamentos em Moeda Local (SML), mecanismo que permite que exportadores e importadores brasileiros e argent...

Veja mais
Setores que lideram expansão sofrem baque em outubro

A indústria brasileira começou a sofrer o impacto da crise financeira global na produção e n...

Veja mais
Cidade de Aracruz sente os efeitos da crise na sua maior companhia

O prejuízo na Aracruz Celulose, causado pelas operações com derivativos, rompeu os limites das conv...

Veja mais
Orçamento limitado pode afetar socorro do governo

Mesmo com a previsão de um cenário de dificuldades na comercialização da nova safra, a parti...

Veja mais
Crise já reduz força das exportações e importações

O governo já tem os primeiros sinais do impacto da crise financeira mundial nos números do comércio...

Veja mais
Fusão cria megabanco de R$ 575 bi

Itaú e Unibanco surpreenderam os mercados ao anunciar a maior fusão da história bancária bra...

Veja mais
Taxa média de juros cobrada no campo chega a 21%, diz Guedes

Estudo apresentado pelo vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, Luis Carlos Guedes Pinto, durante reun...

Veja mais