O Índice de Preços no Varejo (IPV) da capital paulista apresentou alta de 0,51% em novembro ante outubro, segundo levantamento divulgado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). Com a alta de novembro, o reajuste acumulado nos 11 primeiros meses do ano passado ficou em 3,35% em relação ao mesmo período de 2010. No acumulado de 12 meses encerrados em novembro, o aumento alcançou 3,93% ante período semelhante do ano anterior. Esse patamar deve ser mantido em dezembro, e com isso a projeção da Fecomercio-SP é de que o IPV no acumulado de 2011 fique abaixo de 4%. O resultado, segundo a entidade, decorre da "melhoria das condições climáticas e seus impactos nos preços dos produtos in natura".
O resultado do indicador em novembro foi puxado pelo desempenho dos segmentos Açougues e Feiras. Principal alta do índice em novembro, a categoria Açougue teve a variação positiva de 3,33% puxada pelo crescimento de 3,75% de cortes bovinos. No acumulado anual, entretanto, os preços do segmento em São Paulo registram retração de 2,91% até novembro, "em virtude da retração das exportações e consequente aumento de volume no mercado interno", segundo a Fecomercio-SP.
A despeito do resultado do setor em 2011, a entidade destaca que o abate de gado está em tendência de retração, conforme informado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa situação, somada à condição desfavorável em relação ao clima e ao desenvolvimento das pastagens, "deve impactar de maneira significativa a produção de carne nos próximos meses", alerta a entidade.
Em Feiras, o reajuste em novembro, na comparação com outubro, foi de 1,50%, impulsionado pela alta de 4,67% das aves e de 2,95% das verduras. "Já os tubérculos (-1,14%) e os ovos (-0,81%) contribuíram para amenizar as pressões", viu a Fecomercio-SP.
O grupo Supermercados, de maior relevância no cálculo do IPV, teve alta de 0,53% em novembro, levemente abaixo da variação de 0,57% registrada em outubro na comparação com setembro. O resultado foi puxado pelos preços das carnes: bovina (1,74%), aves (1,57%), suína (1,49%) e pescados (1,31%). Produtos in natura, como tubérculos e cereais, por outro lado, registraram redução de preço, de 5,15% e 0,22%, respectivamente.
O setor de Vestuário, Tecidos e Calçados apresentou alta de 1,09% em novembro, com variações expressivas de calçados e acessórios de vestuário (2,67%) e artigos de cama, mesa e banho (1,22%).
Veículo: DCI