Volume de vendas do varejo cresce 1,2% em setembro

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A conjuntura favorável da economia, registrada desde o ano passado e traduzida pelo aumento de renda, massa salarial e emprego, somada a uma taxa de câmbio que, até um período recente, valorizava o real, contribuíram para os números positivos do comércio varejista. De acordo com dados da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em setembro o setor varejista cresceu 1,2% no volume de vendas e 1,3% na receita nominal de vendas, na comparação com agosto. Setembro foi o sétimo mês consecutivo a apresentar crescimento em relação ao mês anterior, com ajuste sazonal.

 

Na comparação com setembro de 2007, sem ajuste sazonal, o crescimento foi de 9,4%. No acumulado do ano o volume e a receita de vendas apresentam, respectivamente, aumento de 8,0% e 13,3%. Avanço maior, de 10,4%, ocorreu na comparação, também sem ajuste sazonal, entre o período de janeiro a setembro deste ano com igual período do ano passado, valor praticamente igual aos 10,3% de crescimento auferido nos últimos 12 meses contados até setembro. Para Reinaldo Pereira, coordenador da pesquisa no IBGE, "os números mostram que a crise financeira ainda não atingiu o comércio varejista no Brasil". Ele reconhece que havia uma expectativa de queda do indicador, por conta do agravamento, justamente em setembro, da crise internacional, mas a pesquisa evidenciou que não houve influência negativa.

 

Todas as dez atividades pesquisadas obtiveram crescimento no volume de vendas em setembro, e houve até mesmo recuperação no comércio varejista de setores bastante sensíveis ao crédito, como o automotivo e de materiais de construção, cujos índices haviam apresentado queda no mês anterior. O comércio de veículos, motos, partes e peças, que havia apresentado queda de 3,4% em agosto frente a julho, fechou com variação positiva de 5,5% em setembro, com ajuste sazonal. A mesma situação foi verificada em materiais de construção, segmento que reverteu a queda de 0,8% em agosto para um crescimento de 1% em setembro. 


Veículo: Gazeta Mercantil


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