Momento favorável da economia transforma hábitos de compra do brasileiro

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Aumento da renda, redução da taxa de desemprego e maior volume de crédito impulsionaram vendas de produtos com maior valor agregado

 

  Nielsen2012
  Varejo nacional (supermercados e outros negócios como padarias, mercearias, etc) cresceu 1,2% em volume e 8,3% em faturamento em 2011
A Nielsen apresentou nesta quarta-feira (14), em São Paulo, o estudo Mudanças no Mercado Brasileiro (MMB) de 2012, que aponta os canais de maior destaque no ano passado e os novos hábitos de consumo brasileiro. De acordo com o levantamento, o varejo nacional (supermercados e outros negócios, como padarias, mercearias, etc), que em 2011 cresceu 1,2% em volume e 8,3% em faturamento, contou com uma busca mais acentuada por produtos com maior valor agregado.


Segmentos básicos, como sabonetes sólidos, whisky nacional, inseticida comum e iogurtes regulares, cresceram 5,2%. Em compensação, a vendas de sabonetes líquidos antibacterianos, whisky importado, inseticida spray automático e iogurtes funcionais contaram com um aumento de 13% no mesmo período.


Segundo o analista de mercado da Nielsen, Ramon Cassel, quatro fatores foram responsáveis por viabilizar o acesso dos shoppers a essas categorias. "Nesse sentido, vale destacar ações como a redução temporária de preços, realização de promo pack, brindes grátis e o oferecimento de embalagens econômicas e diferentes opções de desembolso pelas categorias", observa o analista. "Essas iniciativas, aliadas a questões econômicas favoráveis, como aumento de renda da população e redução do desemprego, estão mudando os hábitos de compra dos brasileiros".


Destaques

De acordo com a Nielsen, o grande destaque do estudo foi o canal Farma, que em 2011 cresceu 3,8%. No período, este segmento registrou 10% a mais de shoppers, que gastaram 12% mais na comparação com 2010 - grande parte proveniente das classes C, D e E.


O estudo da Nielsen também revelou que o consumidor final é o principal cliente do canal Cash & Carry (atacadista), ficando à frente dos varejistas e transformadores. Este público liderou o volume de vendas em diversos segmentos, como higiene e beleza, limpeza caseira, bebidas alcoólicas e não-alcoólicas, perecíveis e mercearias. Em 2011, o canal Cash & Carry alcançou 1,8 milhões de novos lares.


 Roberto Nunes Filho - Repórter SuperHiper/Abras


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