Todos os oito segmentos pesquisados registraram aumento no volume de negócios.
O bom nível de emprego, aliado ao aumento do crédito e à redução dos juros, foi o principal responsável pela alta de 2,99% nas vendas do comércio de Belo Horizonte em fevereiro, na comparação com o mesmo mês de 2011. Todos os oito segmentos pesquisados registraram aumento no volume de comercialização, segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), divulgada ontem. O setor que teve maior expansão foi o de livrarias e papelarias, com 5,2%. Tecidos, vestuário e armarinho ( 3,38%), veículos novos e usados e peças ( 3,16%) e ferragens e material de construção ( 2,18%) foram outros ramos da atividade que tiveram crescimento expressivo.
Já em relação a janeiro, em fevereiro houve uma queda de 0,11% nas vendas. Para o presidente da entidade, Bruno Falci, a redução é explicada pelo menor número de dias úteis que o mês apresentou. "Também tivemos a comemoração do Carnaval. Trata-se de um período em que as pessoas viajam e gastam muito em outras regiões do país", argumenta.
Os setores que apresentaram crescimento nesta base de comparação foram: papelarias e livrarias ( 6,24%); ferragens, material elétrico e construções ( 2,59%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados ( 1,92%); e máquinas, eletrodomésticos, móveis e louças ( 0,39%). Apresentaram queda os setores de veículos novos e usados/peças (-4,61%); produtos farmacêuticos (-0,88%); e supermercados e produtos alimentícios (-0,27%).
Segundo Falci, o anúncio do pacote de incentivo ao crédito, que inclui a redução das taxas em várias linhas de empréstimos e financiamento, feito na semana passada pela Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, por pressão da presidente Dilma Rousseff, vai impactar diretamente as micro e pequenas empresas. "Agora elas terão fôlego para fazer novos investimentos", comenta.
Nos dois primeiros meses deste ano, o varejo da capital mineira acumulou crescimento de 2,62%. Para o presidente da CDL-BH, o resultado deve-se a fatores que vêm atuando no sentido de favorecer o consumo dos brasileiros. "Hoje, as pessoas conseguem empregos mais estáveis. Também não podemos esquecer do aumento da massa salarial, aliado à ampliação do crédito para pessoas físicas, além da desoneração fiscal para incentivar a produção industrial e o consumo", argumenta.
Neste quesito, os setores que mais se destacaram nesta base de comparação foram: produtos farmacêuticos ( 9,29%); tecidos, vestuário, armarinho e calçados ( 4,73%); ferragens, material elétrico e de construção ( 3,17%); papelaria e livrarias ( 2,62%); combustíveis e lubrificantes ( 1,76%) e artigos diversos ( 0,29%).
Já nos últimos 12 meses encerrrados em fevereiro o crescimento foi de 3,53%. Segundo Falci, o resultado reflete os vários sinais de que a economia brasileira superou o pior da crise e se encontra em fase de expansão. "A trajetória de recuperação, reforça ele, está bastante clara em todas as variáveis: a indústria começa a recompor os estoques, o que leva ao processo de recuperação da atividade produtiva, e também está contratando mais trabalhadores", analisa.
Veículo: Diário do Comércio - MG