O movimento do comércio varejista do país manteve-se aquecido no primeiro semestre deste ano, mas o ritmo diminuiu em comparação aos dois anos anteriores, segundo a pesquisa Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio. Os negócios aumentaram 7,6% ante 10,7%, em 2010, e 9,6%, em 2011.
Esse resultado reflete o esgotamento do poder de compra, explicou o economista da Serasa, Carlos Henrique de Almeida. Com base em dados do Banco Central, ele observou que o brasileiro hoje compromete, mensalmente, 22% de renda com o pagamento de dívidas. O valor dos compromissos supera os 40% e isso dificulta a capacidade de inclusão de novas parcelas.
Entre maio e junho, de um total de seis setores pesquisados, três indicaram queda nos negócios: veículos, motos e peças (de 5,5% para -4,5%); tecidos, vestuário, calçados e acessórios (de 0,1% para -2,4%) e combustíveis e lubrificantes (de 0,3% para -0,5%). Nos supermercados e demais estabelecimentos onde são vendidos alimentos e bebidas, o consumo passou de um crescimento de 0,8% para uma estabilidade.
Já em dois setores restantes, ocorreram decréscimos no movimento de consumidores: nas lojas de material de construção, a taxa atingiu 0,9% ante 3,3%, e nas de móveis, eletroeletrônicos e informática l,6% ante 3,3%.
Na avaliação do economista da Serasa, a falta de dinamismo no comércio é motivo de preocupação, porque este segmento é responsável pela formação de 60% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas geradas no país. Por essa razão, segundo pontuou, é que o governo tem concedido os incentivos fiscais.
Veículo: Jornal de Santa Catarina