O Brasil continua sendo um dos maiores mercados mundiais em crescimento, destacando-se dentro do Brics - Brasil, Russia, Índia, China e África do Sul – e, por isso, atrai grandes empresas e novos investimentos. A opinião é do industrial japonês Mitsu Okatani, vice-presidente da Tajima do Brasil, empresa japonesa que há 40 anos atuava no País através de representantes e, agora, resolveu montar escritório próprio para aproximar clientes de suas máquinas de bordado, que custam entre R$ 30 mil e R$ 500 mil cada uma.
“Diante do crescimento do setor têxtil brasileiro, especialmente no Nordeste e no Sudeste, resolvemos fazer atendimento direto aos nossos clientes antigos e buscar novos, disputando os investimentos que estão sendo feitos no setor”, afirmou Okatani. Acrescentou que antes de tomar a decisão, a empresa, que tem sede em Nagoya, discutiu com grandes organismos financeiros internacionais, e todos foram unânimes em apontar o Brasil como o País de maior chances de crescimento dentro do Brics. “Não viemos só pela Copa do Mundo de 2014 ou pelas Olimpíadas de 2016, explicou, mas, sim, porque acreditamos que, depois destes dois eventos, o País não vai parar. Não acreditamos em depressão ou diminuição do ritmo de investimentos.”
O Brasil é o quinto mercado mundial da Tajima, e a empresa pretende crescer mais aqui, segundo Eduardo Fuentes Molinero, gerente nacional de vendas, e José Augusto Domingues, diretor comercial, “pois a única maneira de vencer a concorrência internacional nos produtos acabados é ter qualidade e produtividade, e os brasileiros descobriram isso”. Conversei com Okatani aqui em Blumenau, onde ele participa da Febratex. O empresário elogiou a feira pelas oportunidades de negócios que abre.
Veículo: Jornal do Comércio - RS