O crescimento baseado no estímulo ao consumo não demonstra esgotamento, segundo a Fecomercio SP.
O comércio varejista da região metropolitana da cidade acumula alta de 5,2% no faturamento neste ano, 1,9 ponto percentual maior do que o registrado no primeiro semestre de 2011.
Em junho, o faturamento do varejo foi de R$ 13,3 bilhões ou R$ 1,13 bilhão a mais do que o registrado no mesmo mês do ano passado.
Os melhores resultados foram de lojas de eletroeletrônicos, perfumaria, supermercados, decoração e comércio automotivo.
Para Antonio Carlos Borges, diretor-executivo da entidade, parte do aquecimento se deve às medidas de estímulo do governo.
"Ainda não vemos acomodação do varejo e não sentimos que isso vá acontecer, a menos que a crise se agrave. Até o final de 2012, o tripé renda, crédito e estímulos fiscais deve alavancar vendas.
O alto nível de emprego e o aumento de 6,6% na massa real de rendimentos em junho ante mesmo mês de 2011 também contribuíram.
A inadimplência tampouco preocupa a entidade.
O total de contas em atraso caiu de 18% em julho para 15% neste mês.
"Bancos ainda têm espaço para reduzir o 'spread' [diferença entre a taxa de captação de recursos pelos bancos e a cobrada de clientes] e os juros. Podem diminuir o hedge [proteção] que fazem contra inadimplência."
Veículo: Folha de S.Paulo