China deve liderar venda para o Brasil neste ano

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A China deve fechar o ano como o principal fornecedor de produtos para o Brasil, posto até então ocupado pelos Estados Unidos. De janeiro a setembro, o país importou US$ 25 bilhões em produtos chineses, 3,9% a mais do que no ano anterior.

 

O aumento das importações provenientes da China foi acompanhado pela redução das compras de produtos americanos. No acumulado do ano, a importação de produtos dos EUA somou US$ 24 bilhões, 4% a menos do que no mesmo período de 2011.

 

"O maior destaque é a China. Mantendo este padrão até o fim do ano, podemos fechar 2012 com a China sendo não apenas o principal destino de nossas exportações, mas também a principal origem das importações brasileiras", diz Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior.

 

A China é desde 2009 o principal destino da exportação brasileira. Neste ano, apesar da queda de 3,8%, os chineses aumentaram sua participação nas vendas brasileiras e hoje já respondem por 17,9% do total.

 

"A tendência agora é que o superavit que mantínhamos com a China, por conta da grande exportação de commodities, fique cada vez menor", diz José Augusto de Castro, da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

 

No mês passado, as vendas do Brasil para a China recuaram 23,1%, com retração nas vendas de itens como açúcar, soja e minério de ferro.

 

Até setembro, o Brasil exportou US$ 180,6 bilhões, 5% a menos do que em 2011, principalmente por conta da baixa demanda de países da Europa e da Argentina.

 

No acumulado do ano, o saldo da balança comercial ficou positivo em US$ 15,8 bilhões, 32% menos que no mesmo período de 2011.

 

Diante da piora do cenário internacional, o governo havia abandonado, no início de setembro, a meta de crescimento de 3% das exportações. O resultado do mês passado, no entanto, animou o governo, e a expectativa é que o país feche o ano com um volume de exportação próximo ao do ano passado.

 

No mês passado, o país exportou US$ 1,053 bilhão por dia, nível alcançado apenas em maio e alta de 8,2% frente a agosto. Na comparação com setembro de 2011, houve recuo de 5,1%.

 

O desempenho pode ser explicado pelo fim da greve dos funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo retorno de parte das atividades da Receita.

 

Veículo: Folha de S.Paulo


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