Cem produtos têm alta de 25% em alíquota de importação no País

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Mesmo sob críticas de protecionismo pelos países avançados, o Brasil colocou em vigor ontem o aumento do Imposto de Importação para 100 produtos. As alíquotas foram ampliadas para até 25%. Esses serão os primeiros produtos que irão integrar a nova lista de exceção à Tarifa Externa Comum (TEC) do bloco do Mercosul.

O número irá dobrar nos próximos meses, conforme acertado pelos países do bloco. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), por meio da Câmara de Comércio Exterior (Camex), abrirá um processo de consulta ao setor privado para definir os outros 100 itens.

O aumento do Imposto de Importação para 200 produtos foi aprovado pelo Mercosul este ano com o objetivo de proteger o mercado local da concorrência de produtos trazidos de outros países. Cada membro do bloco terá sua própria lista que deve ser submetida para aprovação dos demais parceiros. A lista brasileira, que foi publicada ontem no Diário Oficial da União, já passou pelo crivo do Mercado Comum do Sul.

Entre os critérios utilizados para análise dos pedidos e seleção dos produtos estão a compatibilidade com o Plano Brasil Maior, o programa de margem de preferências, o novo regime automotivo, o grau de penetração das importações, balança comercial deficitária e aumento do valor agregado para os produtos da indústria brasileira.

O superávit comercial do País está regredindo (caiu 32% de janeiro a setembro ante igual período do ano passado) e o maior vilão, pelo menos neste momento, não é nem o câmbio, nem a China. Nem os Estados Unidos, responsáveis por um "tsunami monetário" do tamanho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

O país diante do qual o Brasil mais tem perdido saldo comercial é a Argentina. O superávit com o vizinho no período de janeiro a agosto foi de apenas US$ 1,7 bilhão, menos do que a metade dos US$ 3,7 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.

Com nenhum outro país o Brasil teve uma redução de US$ 2 bilhões no superávit comercial. O segundo país que mais tirou saldo do comércio exterior brasileiro, em termos absolutos, foi a Rússia (redução de US$ 1,2 bilhão). Com a China, o superávit brasileiro caiu US$ 1,1 bilhão.

No comércio com a Europa, não houve nenhum país, isoladamente, com o qual o Brasil tivesse uma perda de mais de US$ 1 bilhão no saldo comercial. No entanto, considerando a União Europeia como um todo, a redução do superávit brasileiro foi de US$ 4 bilhões. Esse valor equivale a um terço do saldo comercial obtido pelo Brasil, no acumulado de janeiro a agosto deste ano.



Veículo: DCI


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