Economistas revisam para baixo as projeções do PIB de 2013

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A Pesquisa de Projeções Macroeconômicas da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) indica que as instituições financeiras reduziram a expectativa para o crescimento da economia brasileira em 2013. A previsão para este ano é 1,5%, ante 1,6% apurado na pesquisa do mês passado. Para 2013, a pesquisa aponta expectativa de crescimento de 3,9%, em comparação com 4,1% registrados em setembro.

O levantamento foi feito entre 19 a 23 de outubro, com analistas de 31 instituições financeiras. A pesquisa mostra que a recuperação esperada em 2013 é generalizada, mas com destaque para o setor industrial que se beneficiaria das ações recentemente implementadas pelo governo.

A pesquisa Febraban mostra que a expectativa para o IPCA tanto neste ano como em 2013 é 5,4%. Na pesquisa de setembro, a projeção era de 5,3% para 2012 e 5,5%, para o próximo ano. A entidade pondera que a expectativa supera a coletada pela Pesquisa Focus, do Banco Central (BC), que é de 5,2% em 2012 e 4,9%/4,8% em 2013. Para a entidade, a divergência ocorre por diferenças específicas, como preços dos alimentos e monitorados, mas também por uma percepção de abordagem gradualista do BC em relação à meta inflacionária.

Em relação à taxa Selic, a pesquisa mostra convergência na expectativa para o patamar de 7,25% ao ano para o encerramento de 2012. Para o final de 2013, também houve grande convergência para o patamar de 7,25% ao ano, esperado por 50% dos economistas, sendo que apenas 4,2% tinham essa expectativa na pesquisa anterior. Ainda em relação a 2013, nenhum economista espera Selic abaixo de 7,25% em dezembro do próximo ano.

A pesquisa Febraban revela a taxa de câmbio esperada para o final deste ano e do próximo ano é de R$ 2. Segundo a entidade, o câmbio real médio mais desvalorizado e a tendência dos últimos dados do setor externo seguem favorecendo previsões de menor déficit em conta corrente. A Febraban pondera que, pela primeira vez, se espera que mais de 100% do déficit de 2012 seja financiado por investimentos diretos. Para 2013, investimento direto deverá financiar 90% do déficit.

A partir das últimas ações do governo no âmbito fiscal, a pesquisa apurou novo recuo na previsão de superávit primário em 2012 e 2013, para 2,6% e 2,7% do PIB, respectivamente. Na pesquisa Febraban do mês passado, a projeção era de 2,8% para ambos os anos. A pesquisa mostra ainda que há expectativa de recuo da relação Dívida Líquida e PIB nos dois anos para 2013 - de 34% na pesquisa anterior e de 33,8% na pesquisa deste mês.


O levantamento mostra ainda que há uma perspectiva de melhora na margem do crédito e queda dos índices de inadimplência, favorecendo a aceleração econômica. Para a carteira total, a expansão prevista é de 16,1% para 2012 e de 16,3% para 2013.



Veículo: DCI


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