Prévia da inflação oficial sobe e registra taxa de 0,88% em janeiro

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Aceleração foi puxada pela alta nos preços dos grupos alimentação e bebidas e despesas pessoais



O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia do indicador oficial de inflação do país registrou taxa de 0,88% em janeiro, 0,19 ponto percentual acima do índice de 0,69% registrado em dezembro. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostram que, no acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 6,02%, também acima dos 12 meses imediatamente anteriores (5,78%). Em janeiro de 2012, o índice teve variação de 0,65%.

A inflação encerrou 2012 com alta de 5,84%, o terceiro resultado consecutivo acima do centro da meta de 4,5% traçada pelo Banco Central (BC). Boletim Focus do Banco Central, divulgado na segunda-feira, aponta que a estimativa para a inflação oficial do país passou de 5,53% para 5,65%. Já a mediana das estimativas para o IPCA de janeiro subiu de 0,78% para 0,81%.

Em Belo Horizonte, o índice ficou em 0,71%, abaixo da média nacional, assim como  Brasília (0,57%) e Salvador (0,63%). A maior inflação regional foi registrada em Belém (1,24%), em virtude principalmente do aumento dos preços dos alimentos (2,36%). São Paulo é a cidade que te mais peso para o resultado da inflação, responsável por 31,7% do IPCA-15, seguido de Rio de Janeiro (12,4%) e Belo Horizonte (11,2%). A inflação medida pelo IBGE em São Paulo e Rio ficou em 0,87%, 1,18%, respectivamente.

Despesas pessoais e alimentação

Os principais responsáveis pelo aumento do IPCA-15 foram os grupos despesas pessoais (de 1,1% em dezembro para 1,8% em janeiro) e alimentação e bebidas (de 0,97% para 1,45%). Juntos, eles responderam por 61% do índice do mês.

A principal causa para a alta nos preços do grupo despesas pessoais veio dos itens cigarro (de 2,66% em dezembro para 7,05% em janeiro), excursão (de 12,15% para 16,18%), empregado doméstico (de 0,82% para 0,58%), cabeleireiro (de 0,49% para 0,97%) e manicure (1,83% para 1,53%).

Já o grupo alimentação e bebidas sofreu maior influência de itens importantes no orçamento das famílias como: hortaliças (de 2,67% para 6,48%), feijão-carioca (de -0,1% para 6,25%), tomate (de 0,72% para 6,02%), cebola (de -5,97% para 5,61%), frango (de 4,16% para 5,61%), frutas (de 1,27% para 2,22%), carnes (0,47% para 1,12%) e refeição fora (de 0,58% para 0,95%).

Também houve alta no grupo saúde e cuidados pessoais cuja taxa passou de 0,26% em dezembro para 0,61% em janeiro. Os remédios (de -0,16% para 0,24%), serviços médicos e dentários (de 0,28% para 1,22%) e produtos de higiene pessoal (de 0,24% para 0,74%) foram as principais influências.

O grupo educação (de 0,1% para 0,33%) foi influenciado pelo resultado dos cursos regulares (0,2%), que refletiu os reajustes dos colégios da região metropolitana de Porto Alegre (2,62%).

Em janeiro, o grupo habitação teve o mesmo resultado de dezembro (0,74%) e transporte apresentou ligeira queda na taxa ao passar de 0,71% em dezembro para 0,68% em janeiro. Segundo o IBGE, o resultado deve-se, sobretudo, a menor taxa das passagens aéreas, que passou de 17,08% em dezembro para 5,18% em janeiro. O grupo dos produtos não alimentícios registrou taxa de 0,7%, acima do resultado do mês anterior, que foi 0,6%.

Os preços foram coletados no período de 12 de dezembro de 2012 a 15 de janeiro de 2013 e comparados com aqueles vigentes de14 de novembro a 11 de dezembro de 2012 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, de Porto Alegre, Belo Horizonte, do Recife, de São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços. (Com Agência Brasil)



Veículo: Estado de Minas


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